Um novo gigante dos mares brasileiros a caminho do pré-sal. Neste final de semana, o navio-plataforma (FPSO) P-71 deixou o estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, e partiu rumo ao campo de Itapu, na Bacia de Santos. A embarcação poderá produzir diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. Além disso, a P-71 será capaz de armazenar 1,6 milhão de barris de óleo. A Petrobras prevê que a plataforma entrará em operação em dezembro de 2022 e deve atingir o seu auge de produção até o final de 2023.
Para lembrar, a P-71 seria alocada inicialmente no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. Itapu, por sua vez, receberia outra plataforma, que seria contratada pela Petrobras. Porém, em outubro do ano passado, os planos da estatal mudaram. A Petrobras anunciou a decisão de cancelar a licitação para contratação da plataforma de Itapu e realocou a P-71 para o campo.
A P-71 é uma unidade própria da Petrobras e será a última da série de Replicantes, também composta por P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70. “Essas unidades apresentam alta capacidade de produção, tecnologias avançadas de operação e redução de emissões, com o mesmo projeto de engenharia replicado”, detalhou a petroleira. A empresa diz ainda que o navio conta com o sistema de FGRU (Flare Gas Recovery Unity), usado para aproveitar o gás gerado no processo de produção e diminuir a sua queima e liberação na atmosfera.
Durante sua passagem pelo estaleiro Jurong Aracruz, a plataforma passou por trabalhos de modificação nos topsides e no casco do FPSO para atender aos requisitos do campo de Itapu. As obras de conversão do casco, como se sabe, foram realizadas na China, pelo CIMC Raffles. O estaleiro Jurong também foi responsável pela fabricação de seis módulos, pipe-racks e um flare, e sua integração na embarcação juntamente com outros módulos e itens fornecidos pela Petrobras.
“Apesar dos desafios relacionados à pandemia que afetaram o projeto durante um período de 20 meses, o EJA entregou com sucesso o FPSO P-71 dentro do cronograma, consolidando nosso status como uma instalação de primeira linha no Brasil, capaz de assumir engenharia, aquisição, construção e comissionamento para projetos offshore de grande escala”, comentou o presidente do Jurong Aracruz, Thangavelu Guhan.
Veja abaixo algumas imagens da partida do FPSO: