A transição verde da indústria naval está acelerando, com os armadores começando a investir em embarcações tecnologicamente preparadas para utilizar combustíveis alternativos, como amônia e hidrogênio.
Atualmente, estima a Clarksons, a propulsão com combustíveis alternativos está presente em 4,8% da frota em operação. Em 2021 eram 3,7% e em 2017, 2,3%). Dentre as encomendas atuais, 43,8% dos navios em tonelagem são capazes de utilizar combustíveis alternativos. Em 2021 representavam 28,2% das encomendas e em 2017, 10,4%.
O GNL e outros combustíveis alternativos podem ser usados em 4,5% da frota em operação e representam 44% da carteira de pedidos, mostram dados da Clarksons Research. Esta é uma participação recorde na carteira de encomendas.
Para contextualizar, em 2021, 31,5% da tonelagem das construções encomendadas eram capazes de funcionar com combustíveis alternativos (479 unidades), acima dos 211 pedidos em 2020 e 46 pedidos em 2016.
Da carteira de encomendas atual, 38,9% da tonelagem preveem o uso de GNL (781 unidades), 2,2% de GLP (86 unidades) e 4,3% de outros combustíveis alternativos (260 unidades — incluindo metanol, 42; etano,11; biocombustíveis, 5; hidrogênio, 12). Bateria/propulsão híbrida somam 200 unidades.
Agora existem mais de 320 navios prontos para usar GNL e 99 encomendados. Há 130 navios prontos para amônia e seis encomendados para hidrogênio.
Os depuradores estão agora instalados em mais de 4.838 navios da frota (incluindo retrofit pendente), equivalente a 24,9% do total de tonelagem. Embora a atividade de retrofit de depuradores tenha diminuído (setembro de 2020: 120 por mês; setembro de 2022: 15 por mês), a utilização em novas construções aumentou ligeiramente em 2021. Pelo menos 60 unidades a serem equipadas com depuradores foram encomendadas em 2022 até agora.
Tecnologias de economia de energia (ESTs) foram instaladas em mais de 5.550 navios , representando 24,5% da tonelagem da frota: isso inclui dutos de hélice, bulbos de leme, rotores Flettner, pipas eólicas, sistemas de lubrificação de ar e outros.
Os órgãos da indústria estão pedindo uma abordagem bem-ajustada para calcular as emissões de combustíveis alternativos como forma de garantir que as metas gerais de redução de emissões sejam alcançadas. Segundo a Clarksons, isso criou a probabilidade de divergências regionais, como por exemplo UE x EUA.