Dezenas de embarcações e carcaças abandonadas há anos na Baía de Guanabara podem, finalmente, ter um destino.
O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou que estuda a viabilidade da regulamentação do descomissionamento destes navios, atividade que inclui a remoção das estruturas e destinação adequada de materiais, resíduos e recuperação de áreas, de forma segura e dentro de normas ambientais.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Cássio Coelho, que preside a Comissão Estadual de Desenvolvimento da Economia do Mar, a Cedemar, essa é uma excelente oportunidade para a economia do estado.
Entre as oportunidades de emprego estão setores diversos, entre eles a indústria naval, infraestrutura e movimentação de carga. Para a realização do estudo, foi montado um grupo de trabalho na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais e uma comissão, integrada por autoridades do Instituto Estadual do Ambiente, Capitania dos Portos e Companhia Docas, além de especialistas.
Cássio Coelho explica que o assunto já estava no radar da secretaria, mas ganhou importância maior depois do incidente com o navio graneleiro São Luiz, que colidiu no dia 14 de novembro com a Ponte Rio-Niterói. Para ele, a criação do grupo de trabalho é o primeiro passo para a solução definitiva de situações como essa.
O próximo passo para o desenvolvimento do projeto será solicitar agilidade ao Poder Judiciário para a realização do leilão do navio São Luiz para que a embarcação possa, então, ser descomissionada.