Barcos de apoio em operação

PSVs e OSRVs correspondem a quase 50% da frota offshore sob bandeira brasileira

  • 30/03/2023

Barcos de apoio de bandeira estrangeira que operam em AJB totalizam 41 unidades, incluindo também outros tipos de embarcações especializadas, como PLSVs, RSVs, aliviadores e supplies multipropósito

A frota de apoio marítimo sob a bandeira brasileira, 90% das operações em águas nacionais, totaliza 377 embarcações, segundo dados do último relatório produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e pelo Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma). A maior parte, quase 50%, corresponde a PSVs (transporte de suprimentos) e a OSRVs (combate a derramamento de óleo), que somam 178 unidades. Em seguida, aparecem na lista 78 LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), 49 AHTS (manuseio de âncoras), 25 crew boats (transporte de tripulantes) e FSVs (supridores de cargas rápidas), 16 RSVs (embarcações equipadas com robôs), 10 PLSVs (lançamento de linhas), 9 MPSVs (multipropósito) e 8 SDSVs (mergulho raso).

 

A frota da Bram/Alfanave tem 60 unidades de bandeira brasileira, das quais 42 PSVs/OSRVs e 10 AHTS, entre outros tipos. Das 44 embarcações de bandeira nacional da CBO listadas, 25 são PSVs/OSRVs, 14 AHTS e 5 RSVs. Com 42 unidades de bandeira brasileira, a Starnav reúne em sua frota 21 PSVs/OSRVs, 17 LH/SVs e 2 AHTS. Já a Wilson Sons Ultratug tem em bandeira nacional 23 PSVs/OSRVs e 2 PLSVs. Os dados consolidados pelo Syndarma/Abeam têm como referência o último mês de janeiro.

 

Já a frota de apoio marítimo de bandeira estrangeira que opera no Brasil totaliza 41 embarcações, que representam 10% da frota de suporte offshore que opera em águas jurisdicionais brasileiras (AJB). As empresas com mais unidades de bandeiras estrangeiras são a Bram/Alfanave, com 6 unidades (4 PSVs/OSRVs e 2 WSVs [estimulação de poços]); DOF/Norskan, com 5 (2 PLSVs, 2 RSVs e 1 MPSV); e a OSM, com 4 (2 CTVs [transferência de produção], 1 MPSV e 1 flotel [apoio atividades de plataformas]).

 

O Syndarma/Abeam acredita que a demanda, somada ao marco regulatório brasileiro (Lei 9.432/1997), geraram a decisão de investimentos em novas embarcações no país, e adequações/modernização nas unidades existentes, com maior tecnologia e elevado valor aportado por várias empresas de navegação brasileiras.

 

A entidade observa demandas pelos mais variados tipos de embarcações de apoio marítimo para atender à indústria de petróleo e gás na costa brasileira em razão da diversidade de fainas que as embarcações de apoio marítimo podem realizar. Para o Syndarma/Abeam, o crescimento da frota tem por base o marco regulatório da navegação (Lei 9.432/97, que consolidou a política pública setorial de prioridade de emprego da bandeira brasileira, através de uma equação inteligente de fomento à construção de embarcações no Brasil.

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira
30/03/2023|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , |