Expectativa do presidente da empresa é concluir formatação em dezembro e disponibilizar regras no começo de 2024. GT concluirá em julho relatório sobre quantidade e perfil de embarcações a serem demandadas pela Petrobras.
A Transpetro espera formatar até dezembro o edital com as regras de participação em um processo para contratação de novos navios para sua frota. O grupo de trabalho criado no começo de maio deve concluir, no início de julho, o relatório com a quantidade e o perfil de embarcações a serem demandadas pela Petrobras. O GT foi criado para apresentar um projeto de construção e reparo de navios em estaleiros brasileiros. Entre os construtores existe uma expectativa sobre quais empresas poderão participar desse processo.
O presidente da companhia, Sérgio Bacci, disse que a ideia é lançar o edital no começo do ano que vem. “Em janeiro botamos este edital na rua. Espero que em 6 meses tenhamos os contratantes estabelecidos para que efetivamente, a partir do meio de 2024, iniciemos o carro-chefe dessa gestão, que é a retomada construção de navios para a Transpetro”, projetou Bacci, em entrevista ao movimento ‘SOS Brasil Soberano’, ligado ao Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), que foi veiculada na tarde desta quinta-feira (15).
Bacci ressaltou que a intenção da Transpetro de voltar a contratar navios construídos no Brasil segue diretriz do governo e que a geração de empregos e embarcações contribuirão com a Petrobras na questão dos afretamentos, já que a maior parte dos navios da frota é afretada em bandeiras estrangeiras. A Petrobras é a maior cliente de sua subsidiária, que tem 80% da receita vinculada à controladora. Bacci ponderou que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, vem orientando a diretoria da Transpetro a buscar expandir para atender a outros mercados, não somente a controladora.
O presidente da Transpetro acredita que conseguir ampliar market share junto à Petrobras ajudará a companhia a reduzir os custos com pagamento de afretamentos. “A Transpetro pode entrar nesse mercado para ajudar a Petrobras a baixar os preços dela de afretamento. A decisão rápida é porque entendemos que a Transpetro tem que ser a empresa que ajudará a Petrobras a regular seu próprio mercado”, analisou.
A idade média da frota da Transpetro atualmente é de oito anos, sendo que um petroleiro costuma operar, em média, entre 20 e 25 anos. Além dos 26 navios de cabotagem e longo curso próprios, a Transpetro conta com 10 navios aliviadores (shuttle tankers) afretados do exterior.