Para presidente da empresa, houve piora em algumas condições do fundo em relação ao início dos anos 2000 que estão sendo estudadas. Subsidiária participa do grupo firmado entre Petrobras e BNDES para tratar de projetos de diferentes áreas que companhia tem com banco de fomento.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, disse na última semana que o uso do Fundo da Marinha Mercante (FMM) é uma possibilidade, porém não é necessariamente a única opção para a construção de navios no Brasil. Ele admitiu que podem ser estudadas outras linhas de financiamento que sejam melhores para a companhia do que o fundo setorial. Bacci voltou a dizer que a retomada da construção de navios para a frota da subsidiária da Petrobras não pode ocorrer ‘a qualquer preço’.
“Não dependeremos só disso [do FMM]. Buscaremos outras fontes de financiamento (…). O foco é transformar a empresa em algo que gere desenvolvimento, mas não posso perder o foco que somos uma empresa que precisa dar lucro. Precisamos gerir o recurso público com zelo para, amanhã ou depois, não sermos acusados de nada”, comentou, na última quinta-feira (15), em entrevista ao movimento ‘SOS Brasil Soberano’, ligado ao Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ).
A Transpetro integra um grupo de trabalho firmado após acordo de cooperação entre a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir todos os projetos que o sistema Petrobras tem com o banco de fomento, que é o principal agente repassador de recursos do fundo setorial.
Bacci comparou que o FMM hoje não tem as mesmas condições que tinha por volta de 2004 e 2005, anos antes do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), que foi lançado em 2008. Segundo o presidente da Transpetro, houve transformações que pioraram um pouco as condições de taxas de juros e prazos. “Precisaremos aprofundar, senão tem que fazer melhorias nisso. São regras que são aprovadas no CMN (Conselho Monetário Nacional). Talvez nessa conversa com o BNDES cheguemos à conclusão de que precisa mexer em alguma coisa”, adiantou.