Programa denominado ‘TP25’ demandará investimentos da ordem de R$ 12,5 bilhões. Expectativa da empresa é lançar edital para contratação das embarcações em janeiro de 2024.
A Transpetro pretende construir 25 navios de cabotagem para sua frota nos próximos 8 anos. De acordo com o presidente da companhia, Sergio Bacci, essa é a meta a ser perseguida no período. A empresa estima que serão necessários aproximadamente R$ 12,5 bilhões de investimentos para esse pacote, que vem sendo desenvolvido em conjunto com a holding Petrobras. A expectativa da Transpetro é lançar o edital para contratação dos navios em janeiro de 2024.
“Estamos desenhando o edital, fazendo consultas para ver a capacidade dos estaleiros. Feita essa fase, em janeiro, mais tardar em fevereiro soltar o edital da licitação”, declarou Bacci, durante a 17ª edição da Navalshore – Feira e Conferência da Indústria Marítima, no Rio de Janeiro.
O novo programa para renovação e expansão da frota da Transpetro foi batizado de ‘TP25’, em referência ao nome da empresa, que completou 25 anos em junho, e ao número de navios que a empresa pretende construir no Brasil, bem como ao ano de 2025, quando a administração da Transpetro espera bater quilha dos primeiros navios desse plano.
O escopo prevê gaseiros e navios de transporte de produtos claros e escuros, de 7.000 a 48.000 TPB (toneladas de porte bruto). Bacci acrescentou que manterá padrão de navios MR1, MR2 e gaseiros que já operam atualmente. “Basicamente, é o que já foi construído no passado. São navios já utilizados pela Petrobras”, explicou.
Bacci voltou a dizer que as encomendas respeitarão condições rígidas de governança. Ele acrescentou que sua gestão abriu diálogo e vai colaborar em parceria com órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). “Não será a qualquer preço, não será a qualquer prazo. Tenho conversado muito com os estaleiros. Não podemos errar de novo. É muito próximo o que aconteceu. Então precisamos acertar”, afirmou.
Ele ressaltou que acertar significa chegar a preços adequados e enfatizou a necessidade da política setorial olhar para a geração de empregos locais e dos benefícios para o país, a despeito da construção no Brasil ser mais cara do que construir na China. “Vamos pagar mais caro do que na China, mas esse é o custo que temos que pagar para gerar emprego no país”, ponderou.
Bacci disse ainda que a construção desses navios terá papel econômico e será importante para ajudar a Petrobras a equilibrar a quantidade de navios estrangeiros afretados e, consequentemente, conseguir pagar menos nesses contratos. A frota que opera para a Petrobras, segundo ele, é composta por mais de 100 navios afretados. “Queremos com esses navios (TP25) ajudar a balizar as taxas de afretamento que a Petrobras paga aos armadores internacionais”, afirmou.