A sete meses da realização, a Navalshore 2024 atinge 90% de ocupação. A 18ª edição da feira e conferência da indústria marítima foi ampliada e ocupará este ano três área do Expomag, no Rio de Janeiro: o pavilhão, o salão nobre e o mezanino.
“Com o atual ambiente positivo para a indústria naval e offshore, a demanda por espaços na Navalshore foi uma das maiores que já tivemos, rivalizando com a edição da feira de 2014, auge do Promef e do Prorefam”, afirma Rosângela Vieira, diretora da Navalshore Organização de Eventos, organizadora da feira. A área do pavilhão não dispõe mais de espaço para comercialização.
Em 2014, a indústria naval estava no auge do ciclo que tinha como destaque as encomendas realizadas pela Petrobras no âmbito dos programas de Renovação da Frota de Apoio Marítimo e de Modernização e Expansão da Frota.
Após anos de desarticulação da construção naval no país, por injunções econômicas e políticas acentuadas pela queda no preço do petróleo e a lava-jato, o setor volta a se preparar para produzir. Para os expositores da feira, a expectativa é por já realizar novos negócios durante a Navalshore.
Motivos não faltam para o otimismo. O segmento de exploração e produção terá de aportar novas embarcações de apoio offshore nos próximos anos e a Petrobras já anunciou que pretende colocar em operação 14 novas plataformas offshore até 2028.
O programa de descomissionamento da Petrobras, já em curso, retirará 26 plataformas obsoletas de operação até 2027, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) — investimento anunciado de R$ 9,8 bilhões na indústria naval. A Transpetro, por sua vez, pretende lançar edital para a construção de 25 navios, injetando estimados R$ 12,5 bilhões no setor.
O novo PAC programa também prevê o investimento de R$ 52 bilhões para Defesa, incluindo a construção de submarino nuclear. O Programa Fragatas Classe Tamandaré, de construção de quatro unidades para a Marinha do Brasil, representa um investimento, em curso, de R$ 11,1 bilhões.
Outros segmentos da construção naval, que sofrem menos impactos com os ciclos, o de construção de rebocadores portuários e de embarcações para transporte de cargas nas hidrovias, seguem com as carteiras regulares.
Na quarta-feira (31), o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, em reunião com entidades da indústria marítima, afirmou que trabalha em “maior democratização do Fundo da Marinha Mercante”, para estimular o investimento e o crescimento do setor naval.
Serviço
A Navalshore será realizada de 20 a 22 de agosto, no Expomag, no Rio de Janeiro. A feira e conferência são realizadas pela Navalshore Organização de Eventos. A Portos e Navios é a mídia oficial.