O dique flutuante ‘Atlas’ chegou, no último domingo (17), à B-Port, unidade do grupo norte-americano Edison Chouest Offshore no complexo portuário e industrial do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A nova estrutura da Chouest para docagens foi construída no estaleiro do grupo, Navship, em Santa Catarina. A embarcação tem mais de 127 metros de comprimento, 49m de largura e 17m de altura. O transporte da embarcação, iniciado no começo de março, foi dividido em três fases e demandou dois anos de planejamento.
A primeira etapa do deslocamento envolveu o reboque do dique pelo Rio Itajaí-Açu até o Porto de Itajaí. Na segunda fase, o dique foi rebocado do Porto de Itajaí até a entrada do porto do Açu, no norte fluminense. A fase final envolveu a entrada e atracação no estaleiro Navship, no B-Port.
A empresa informou que a manobra inicial foi desafiadora por conta do tamanho da unidade e da largura do rio. Durante o reboque em Itajaí, houve restrições de navegação estabelecidas pela Marinha, praticagem, autoridade portuária, equipes de rebocadores e pelos terminais portuários locais, que colaboraram com a movimentação das embarcações e paralisação de suas atividades para garantir a segurança da manobra.
De acordo com o grupo, para o estudo de viabilidade da manobra foram realizadas diversas simulações para garantir a segurança e ter a previsibilidade na manobra. A Chouest informou que, durante toda a manobra, a praticagem teve apoio da empresa Navigandi e contou com instalação de PPU’s (Portable Pilot Units), equipamentos de alta tecnologia e precisão para transmitir, em tempo real, a posição do dique e dos rebocadores em relação ao canal navegável do rio Itajaí-Açu.
O dique flutuante permitirá serviços de docagem e reparos em embarcações de grande porte. O projeto recebeu prioridade de financiamento do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), no valor de aproximadamente R$ 5,8 milhões, com data-base em 2019.