Embarcação será primeira da série com quatro unidades, em construção em Itajaí, que serão entregues à Marinha do Brasil de forma gradativa, entre 2025 e 2029
A Marinha do Brasil marcou, para o próximo dia 9 de agosto, a cerimônia de lançamento da primeira das quatro novas fragatas da força naval. A fragata Tamandaré (F200), que dá o nome à classe, começou a ser construída em setembro de 2022 e tem previsão de entrega no final de 2025. As outras três unidades, segundo o cronograma, devem ser entregues gradativamente até 2029. Os futuros meios navais da esquadra estão sendo construídos no estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC), pela sociedade de propósito específico (SPE) Águas Azuis, formada pela thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), Embraer Defesa & Segurança e Atech.
O dique flutuante Dockshore I foi deslocado de Niterói (RJ) para Itajaí (SC) para o lançamento. De acordo com a TKMS, o equipamento da empresa Dockshore será responsável por transportar e posicionar corretamente o navio para o lançamento à água, permitindo que as etapas finais da construção sejam concluídas com precisão. A TKMS informou que o dique se deslocou para Itajaí com uma operação planejada e supervisionada cuidadosamente pela Marinha, com a participação da praticagem.
A Marinha define as quatro fragatas como escoltas versáteis e de significativo poder combatente, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças e destinadas à proteção do tráfego marítimo, podendo realizar missões de defesa, aproximada ou afastada, do litoral brasileiro. A construção no estaleiro da TKMS tem expectativa de taxas de conteúdo local acima de 30% para o primeiro navio e de 40% para os demais.
No começo de junho, ocorreu a cerimônia de batimento de quilha da fragata Jerônimo de Albuquerque (F201), segunda das quatro unidades do Programa de Fragatas Classe Tamandaré, ocorreu na última quinta-feira (6), no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul. O PFCT é gerenciado pela Empresa Gerencial Projetos Navais (Emgepron)
Os navios do PFCT terão deslocamento aproximado de 3.500 toneladas e serão dotados de convoo, hangar para helicóptero, radares, sensores e armamentos de última geração. O programa prevê uma gestão do ciclo de vida que projeta os investimentos desde a construção até o desfazimento do navio. De acordo com a Marinha, o programa já gerou cerca de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.