O Estaleiro Enseada, localizado no município de Maragogipe, no Recôncavo Baiano, está entrando em um ciclo de retomada. A conquista de um contrato com a LHG Mining marca o reinício das atividades de construção na unidade. Ao todo, o estaleiro, em parceria com a Tenenge, vai construir 80 barcaças com capacidade de transportar 2.900 toneladas cada. Segundo o CEO do Enseada, Ricardo Ricardi, o contrato deverá gerar cerca de 300 novos empregos diretos e até 900 indiretos, trazendo um impacto expressivo para a região. “As barcaças serão construídas de forma seriada a partir do próximo ano, sendo prevista a entrega do primeiro lote de 10 barcaças já em 2025”, detalhou o executivo em entrevista ao Petronotícias. Para além desse contrato, o estaleiro também projeta conquistar novos negócios dentro do segmento de construção naval. Além das licitações para contratação de embarcações de apoio offshore para a Petrobrás, o Enseada também mira em contratos para fabricação de módulos topside para navios-plataformas. “Os planos do Enseada estão majoritariamente ligados a retomada sustentável das atividades de construção naval & offshore do estaleiro e no desenvolvimento contínuo das operações portuárias”, concluiu Ricardi.
Para começar a entrevista, poderia compartilhar com os nossos leitores os principais números desse contrato com a LHG Mining?
Este projeto, que será executado em parceria com a Tenenge, consiste na fabricação de até 80 barcaças com capacidade de transportar 2.900 toneladas cada. Deverão ser gerados cerca de 300 novos empregos diretos e até 900 indiretos, resultando impacto expressivo para a região do Recôncavo Baiano. O valor total do contrato pode chegar a aproximadamente R$ 500 milhões.
Poderia também explicar um pouco como será o cronograma de execução dessas construções?
As barcaças serão construídas de forma seriada a partir do próximo ano, sendo prevista a entrega do primeiro lote de 10 barcaças já em 2025.
Ao seu ver, o que esse novo negócio representa para o estaleiro? E qual será o impacto do contrato para a indústria naval brasileira e para o estado da Bahia?
Esta conquista é simbólica para o Enseada, pois representa o retorno das atividades de construção naval do Estaleiro. O Enseada foi o maior investimento privado feito neste setor e pode contribuir de forma significativa para a retomada da indústria naval brasileira e na geração de emprego e renda para o estado.
Com a retomada das atividades do estaleiro, como estão as perspectivas para a conquista de novos negócios?
Estamos otimistas com relação a conquista de novos negócios. Além do contrato já assinado para a construção das barcaças, atualmente temos as licitações da Petrobras para a construção de embarcações de apoio offshore (PSVs, ORSVs e RSVs), onde estamos participando junto aos armadores. Na sequência, haverá os projetos das novas FPSOs, onde pretendemos participar com a construção de módulos topside.
Por fim, gostaria que explicasse aos nossos leitores também quais são alguns dos planos de crescimento do Enseada para os próximos anos?
Os planos do Enseada estão majoritariamente ligados a retomada sustentável das atividades de construção naval & offshore do estaleiro e no desenvolvimento contínuo das operações portuárias.
