Setor naval vive revolução tecnológica e cria novas oportunidades de carreiras. Mercado exige capacitação especializada
O setor naval brasileiro enfrenta um momento de grandes transformações, impulsionado pela adoção de tecnologias avançadas e mudanças globais no mercado marítimo. Essa evolução está exigindo a capacitação de profissionais em novas áreas e criando oportunidades de emprego em funções que antes não existiam. O cenário foi detalhado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), que destacou tanto as demandas por profissões tradicionais quanto as emergentes.
Profissões clássicas, como técnicos em construção naval, projetistas navais, montadores de estruturas navais, mecânicos de máquinas navais, soldadores, caldeireiros e eletricistas, continuam em alta. No entanto, essas funções agora requerem profissionais atualizados e aptos a lidar com as transformações tecnológicas do setor. Por exemplo, a aplicação de automação, big data e novas ferramentas digitais está redefinindo os processos de trabalho.
Além disso, o Sinaval aponta o surgimento de carreiras inovadoras que refletem tendências globais, como a sustentabilidade, a digitalização e a segurança cibernética. Entre as novas posições em potencial, destacam-se especialista em operações espaciais, engenheiro de energia renovável marinha, analista climático marítimo, especialista em inteligência artificial naval e designer de navios autônomos. Funções ligadas à cibersegurança e ao uso de gêmeos digitais (digital twins) para simulação e planejamento também ganham relevância.
O sindicato avalia que, para atender a essas demandas, é indispensável a ampliação da capacitação profissional. Cursos técnicos e programas de treinamento específicos devem incluir tópicos como computação quântica, análise de dados marítimos e conformidade ambiental. A expectativa é de que os profissionais preparados para essas mudanças tenham grande destaque no mercado, contribuindo para a modernização da indústria naval brasileira.