Número de barcos offshore permaneceu estável no último trimestre e representou acréscimo de 31 unidades em relação a dezembro de 2023. Bandeira brasileira tem 84% do efetivo total, segundo relatório Syndarma/Abeam.
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras (AJB) encerrou o ano de 2024 com 453 embarcações. A quantidade verificada em dezembro foi a mesma do mês anterior e 31 unidades a mais do que em dezembro de 2023 (422), de acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma). Do total contabilizado em dezembro, 382 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 71 de bandeira estrangeira, assim como em novembro de 2024.
A frota teve uma embarcação a mais do que em outubro e 9 a mais que em setembro. Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 203 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 88 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
Em dezembro e em novembro, as embarcações com bandeira nacional se mantiveram correspondendo a 84% da frota de apoio offshore, enquanto 16% representam as embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Nos meses anteriores, os percentuais de participação da bandeira nacional na atividade foram de 85% em setembro e em agosto, 84% em julho, 85% em junho, 86% em maio e em abril, 85% em março, 86% em fevereiro e 87% em janeiro.
De acordo com a publicação, a frota em dezembro era composta por 47% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 212 barcos, uma a mais que em novembro. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 65 unidades no período (14%), enquanto 63 barcos eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 14% do total. Outros 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 23 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 17 PLSVs (lançamento de linhas).
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 76 unidades (13 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência com 25 barcos de pavilhão nacional cada. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) aparece com 22 barcos de apoio. A Starnav também aparece com 22 embarcações de bandeira brasileira cada uma, seguida pela OceanPact, com 21 unidades.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 54 PSVs/OSRVs, 12 AHTS, 2 PLSVs, 2 RSVs, 2 MPSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em dezembro, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.