A remoção do coral-sol – encontrado no casco da sonda – é exigência para operação em áreas não afetadas pela espécie invasora
A Petrobras pediu ao Ibama autorização para remover colônias de coral-sol do casco do navio sonda ODN-II (NS-42), da Foreasea, destacado para a operação no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. A companhia encaminhou a proposta para remoção da incrustação ao órgão ambiental, após inspeção realizada em dezembro.
A remoção das colônias é um procedimento típico de operações offshore quando envolve a mobilização de equipamentos do Sudeste para áreas não afetadas, como é o caso da região Norte. O tratamento dura cerca de 60 dias, mas a companhia avalia como reduzir esse tempo para deixar a unidade de prontidão.
No início de 2023, a sonda foi enviada à Margem Equatorial e permaneceu mobilizada, na expectativa de que fosse autorizada a perfuração do poço. No fim de junho de 2023, a Petrobras realocou o navio para operar no campo de Jubarte, na Bacia do Espírito Santo.
Também realizou perfurações na bacia Potiguar e chegou a passar por procedimento de limpeza do casco na Baía de Guanabara, mas terá de fazer novamente a remoção do coral-sol antes de seguir viagem rumo à margem equatorial.
Proteção da fauna
A Petrobras tenta a obtenção de licença ambiental, atualmente em reanálise pelo Ibama após negativa por questões relacionadas ao Plano de Proteção à Fauna (PPAF) e impacto da operação às comunidades tradicionais.
A Petrobras iniciou as obras da Unidade de Estabilização e Despetrolização em Oiapoque (UED-OIA), no Amapá. A construção da UED é uma das exigências do órgão ambiental para a aprovação do PPAF e da licença para a perfuração na bacia da Foz do Amazonas.