A Petrobras busca na Universidade Federal do Rio de Janeiro alternativas para melhorar seu sistema de transferência de óleo e gás através de dutos. A empresa e a Coppe/UFRJ vão celebrar um termo de cooperação para a construção de um loop Loop de Garantia de Escoamento. A infraestrutura permitirá que os estudos e pesquisas sobre o comportamento de hidratos e demais fenômenos que geram risco de obstrução das tubulações em sistemas de transporte de fluidos, como gás natural e petróleo, sejam executadas em uma escala mais próxima à condição de campo. A Petrobras escolheu a Coppe para investir, mas essas pesquisas e as soluções para essas obstruções o CTDUT já tem prontas há muito tempo. Até os laboratórios para o comportamento dos hidratos já estão construídos e estariam operando com pequenas adaptações.
Com previsão de possuir cerca de 150 metros de tubulação, será a única no país capaz de pesquisar escoamentos com até 100% de CO₂. Desta maneira, as atividades que envolvem CCUS (captura, armazenamento e uso de carbono) também serão beneficiadas, dado que a planta possibilitará pesquisas com sistemas ricos em dióxido de carbono. A assinatura deste acordo será na manhã da próxima quarta-feira (16), às 10:30h, Auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 da UFRJ – bloco 1 da Cidade Universitária. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard estará presente, além da diretora da Coppe, Suzana Kahn, e o reitor da UFRJ, Roberto Medronho.

Estrutura do CTDUT
Para lembrar, o CTDUT é especializado em tubulações e conta uma estrutura especial e mais adequada. O Centro tecnológico destinado à área de dutos e terminais foi inaugurado em 2006 através de uma parceria entre a própria Petrobras, a Transpetro e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), para operar como um laboratório compartilhado para uso da comunidade dutoviária. É uma Associação de direito privado, sem fins lucrativos ou econômicos, aberta à utilização por qualquer Empresa ou Instituição. Contando com recursos do Fundo Setorial de Petróleo e Gás (CTPetro), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), através da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Centro tem, entre seus associados, empresas, universidades, instituições de ensino e pesquisa e organizações representativas da indústria. A Petrobras, como fundadora, poderia usar a experiência de profissionais que trabalham diretamente com o problema há quase 20 anos. Para quem ainda não conhece, www.ctdut.org.br.
Especificações Técnicas do Oleoduto de Teste do CTDUT
- Comprimento total desenvolvido: 2,4 km
- Diâmetro nominal: 12 polegadas (aproximadamente 30,5 cm)
- Espessura da parede: 0,250” (6,35 mm)
- Classe de pressão: 300#
- Pressão de projeto: 50 kgf/cm²
- Vazão máxima operacional:
Óleo: 550 m³/h
Água: 800 m³/h
- Sistema de bombeamento:
Bombas principais com acionamento em série ou paralelo, controladas por inversor de frequência
Bombas auxiliares dispostas em paralelo
- Válvulas de alívio: Duas válvulas tipo J (1,287 in²), com pressão de ajuste de 22 kgf/cm²
- Operação: Circuito fechado, permitindo a recirculação de fluidos
- Fluidos utilizados: Água, óleo cru ou óleo diesel