Unidade flutuante terá 160m de comprimento por 40m de boca e demandará US$ 50 milhões de investimentos. Grupo enxerga oportunidades de serviços em razão da expansão das atividades de navegação e das carências de infraestrutura.
A Mac Laren pretende iniciar, em dezembro de 2026, a operação de seu dique para manutenção e reparo de navios. A unidade, que obteve prioridade do Fundo da Marinha Mercante (FMM) em maio deste ano, terá 160 metros de comprimento por 40 metros de boca livre. O grupo, que possui estaleiros na Ponta D’Areia e na Ilha da Conceição, no Rio de Janeiro, investirá US$ 50 milhões na estrutura flutuante, que terá o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como agente financeiro. A empresa informou que já encaminhou a documentação relativa ao projeto para o banco de fomento.
O vice-presidente da Mac Laren, Alexandre Kloh, disse que a estrutura foi pensada mirando a eficiência e o cenário de falta de infraestrutura para esse tipo de serviço no mercado brasileiro. “Olhando esse setor e o potencial de oportunidade de desenvolvimento de negócios, decidimos entrar com projeto junto ao FMM, aprovado em maio, para a construção do nosso dique”, disse Kloh, que participou, nesta quarta-feira (2), do workshop ‘Reparo e Manutenção Naval no Brasil’, promovido pelo Sinaval e pela Abeemar, no Rio de Janeiro (RJ).
Kloh ponderou que, não necessariamente, é preciso de um dique para fazer um grande reparo. Ele disse que os engenheiros do estaleiro avaliam junto aos armadores o planejamento desde a pré-docagem para alcançar eficiência, o que pode reduzir custos e o tempo de execução.
O escopo prevê que o dique flutuante terá capacidade de atender a diferentes perfis de embarcações de apoio offshore (OSVs), com objetivo de se alinhar a uma infraestrutura integrada de serviços de manutenção corretiva, preventiva, preditiva e modernizações. “Apresentamos ao BNDES que o Brasil tem oferta grande já instalada, olhando o médio e longo prazo. Esse número vai explodir e estamos carentes de infraestrutura”, afirmou.
O vice-presidente da Mac Laren acrescentou que, no caso de docagens de embarcações de grande porte, o Brasil está restrito a poucas opções de estaleiros. “Olhando cenário para investimentos Petrobras, número de embarcações já instaladas operando em 2025 e, olhando os próximos oito anos, esse número de diques é insuficiente para atender a demanda que temos”, concluiu Kloh.