A Petrobras adiou para 25 de maio de 2026 o prazo para recebimento das propostas destinadas à construção da plataforma que vai atender ao projeto de revitalização do campo de Albacora, na Bacia de Campos. A licitação, divulgada originalmente em março de 2025, previa a entrega das ofertas em 15 de dezembro de 2025. Segundo a companhia, a postergação busca garantir maior alinhamento do projeto às melhores práticas técnico-econômicas do setor, em um contexto de atualização contínua das premissas e de avaliação das condições de mercado.
O projeto de revitalização prevê o desenvolvimento inicial do reservatório de Forno (pré-sal) e a etapa complementar dos reservatórios do pós-sal. A Petrobrás é detentora de 100% do campo de Albacora, sendo o reservatório de Forno unitizado com o Bloco Norte de Brava, na acumulação de Manjuba. A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) atua como gestora do Contrato de Partilha do Norte de Brava.
Esta é a segunda tentativa da Petrobras para contratar a nova plataforma de Albacora. A primeira concorrência, no modelo de afretamento, recebeu propostas da BW Offshore e Ocyan, mas terminou sem sucesso nas negociações de preço. Na atual licitação, a modalidade escolhida foi a BOT (Build Operate Transfer), pela qual a licitante vencedora vai operar o navio durante um determinado período e depois transferirá a responsabilidade para a Petrobrás.
A plataforma terá capacidade para produzir 120 mil barris de petróleo ao dia e vida útil projetada de pelo menos 20 anos. A unidade será ancorada em águas offshore, em uma localização com profundidade de 670 metros. O FPSO receberá a produção de poços de petróleo submarinos e deverá possuir instalações de processamento para tratar os fluidos, estabilizá-los e separar a água produzida e o gás natural. Os líquidos processados serão medidos, armazenados nos tanques de carga do navio e transferidos para petroleiros aliviadores.
