A produtividade da indústria brasileira cresceu nos últimos cinco anos, mas ainda enfrenta entraves com mão-de-obra e infraestrutura. Além disso, o desempenho desse indicador é avaliado como aquém do demonstrado por empresas internacionais. Os dados fazem parte do estudo Sondagem Especial – Indústria de Transformação e Extrativa, divulgado nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa ouviu 2.002 empresas, entre pequenas, médias e grandes.
A maioria dos empresários, 64%, declarou que a produtividade cresceu em um período de cinco anos.
No comparativo com as concorrentes nacionais, uma parcela de 46% crê ter desempenho similar, 19% superior e 2% das empresas se consideram mais produtivas.
Os empresários avaliaram que itens como qualidade da mão-de-obra, serviços de telecomunicações e energia, além da infraestrutura de transportes afetaram sua produtividade nos últimos cinco anos. Os três quesitos receberam notas abaixo de 50 em uma escala de 0 a 100.
Para o gerente de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os resultados não surpreendem. “Confirma o que já vimos em outras pesquisas e explica a perda de mercado doméstico e a dificuldade de competir no mercado internacional. O positivo é ver que há uma preocupação (dos empresários) com a produtividade”, acredita.