Londres – O Brasil lidera os novos grandes projetos de extração de petróleo e gás entre os países não exportadores. Dos 50 maiores projetos para os próximos 5 anos, 23 estão no Brasil, mostra o relatório anual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta quinta-feira, 7. Apesar dessa intensa atividade, há um problema no País: os atrasos.
Para a entidade, “projetos ao longo dos últimos três anos foram atormentados pelos atrasos e é provável que outros, especialmente aqueles em fase de planejamento, enfrentem a mesma situação”. Para a entidade que defende os interesses dos exportadores, parte da execução dos novos campos de exploração do Brasil sofreu com atrasos, o que prejudicou a produção do País.
No documento de 346 páginas, a instituição afirma, por exemplo, que a estimativa de produção mundial em 2013 sofreu ligeiro ajuste “por problemas técnicos no Mar do Norte e condições climáticas, desligamentos e problemas com atrasos no Brasil”. Apesar da crítica, a entidade usou um tom otimista para falar sobre as perspectivas de longo prazo da indústria petroleira no Brasil.
Maiores descobertas
“As maiores descobertas de petróleo nos últimos anos foram no mar: no pré-sal brasileiro. Algumas dessas descobertas são campos gigantes e com uma boa qualidade de petróleo bruto, o que irá contribuir significativamente para a oferta do Brasil no longo prazo”, diz a entidade, que prevê que a produção brasileira deve passar dos 2,1 milhões de barris diários em 2012 para 2,6 milhões em 2015, 4,1 milhões em 2025 e 4,4 milhões em 2035.
Com esse aumento previsto, o País deve ser “o produtor dominante fora da Opep da América Latina” e 85% do crescimento da produção latino-americana até 2035 virá
apenas do Brasil.