RIO DE JANEIRO – É consenso entre gestores públicos, empresários e lideranças setoriais que participam da décima edição da Navalshore – Marintec South America – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore 2013, evento que começou nesta última terça (13) e que segue até amanhã(15), no Centro de Exposições SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ) que o país está prestes a se consolidar como um mercado interno sustentável e a conquistar um papel de destaque no cenário internacional.
O encontro reúne nesta edição 350 marcas (60 participando pela primeira vez) em busca de novas oportunidades de negócios no setor.
O Brasil tem, atualmente, a quarta carteira mundial na encomenda de navios, atrás apenas da Noruega, Estados Unidos e Grécia. Isso, no entanto, ainda não torna o país uma potência do setor, afirmou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, durante a abertura da feira. “Estamos no último estágio para chegar lá. Primeiro começamos a construir navios, depois atingimos o índice de 65% do conteúdo nacionalizado e agora buscamos a meta de nos tornarmos competitivos no contexto mundial”.
O diretor da UBM Brazil, empresa organizadora da feira, Joris Van Wijk, afirma que o perfil da Navalshore reflete o cenário positivo apontado pelo presidente da Transpetro e pelo gerente do Promef: “O interesse do mercado internacional na indústria naval brasileira vem crescendo, visto que temos 11 pavilhões internacionais (Argentina, Japão, China, Espanha, Suécia, Coréia do Sul, EUA, Itália, Noruega, Canadá e Holanda) no evento. Além disso, é importante destacar a participação de pequenos, médios e grandes estaleiros brasileiros, o que mostra o desenvolvimento do setor”.
O diretor da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Alexandre Gurgel, sintetizou o momento da indústria naval: “Não se fala mais em retomada do setor, como era comum antes e em outras edições da Navalshore. Fala-se sim em competitividade internacional”.