O BG Group reiterou que está bem encaminhado para concluir seus projetos na Austrália e Brasil dentro do prazo e orçamento, e mostrou disposição em ampliar os investimentos, apesar de o lucro trimestral ter diminuído com a queda na produção e dos preços do petróleo.
A empresa de petróleo e gás manteve a previsão de lucro anual, embora tenha reconhecido que a produção do terceiro trimestre vai ser afetada pelas atividades de manutenção programadas no Mar do Norte e por problemas na administração de reservatórios de gás no Egito.
O executivo-chefe da empresa, Chris Finlayson, disse estar “acompanhando com atenção o Egito” e que até agora está satisfeito com os esforços para enfrentar a queda na produção e para manter as exportações de gás natural liquefeito (GNL) do país dentro do esperado. Em 2012, o Egito representou 20% da produção do grupo 15% dos lucros.
Finlayson acrescentou que a avaliação das perfurações no Brasil indicou mais potencial nos campos em que o BG está investindo com a Petrobras. Na Austrália, o projeto de GNL em Curtis Island, em Queensland, de US$ 20,4 bilhões, teve 75% dos poços perfurados, com o início da produção sendo esperado para o fim de 2014.
Os investimentos em bens de capital, concentrados na Austrália e Brasil, subiram de US$ 2,4 bilhões para US$ 2,6 bilhões na comparação entre o segundo trimestre de 2012 e o deste ano.
O plano de gastos em bens de capital do BG para os próximos dois anos gira em torno a US$ 12 bilhões anuais. Depois, o investimento vai encolher, enquanto os fluxos de caixa desses projetos importantes começarem a impulsionar as contas do grupo. O BG encerrou junho com endividamento líquido de US$ 11 bilhões.
O BG atualizou as estimativas de gás bruto recuperável nos campos na Tanzânia, que eram de 10 trilhões a 11 trilhões de pés cúbicos, para 13 trilhões de pés cúbicos. Finlayson disse que houve progresso nas conversas com o governo e a Statoil, que opera um bloco adjacente rico em gás, para que se chegue a um plano conjunto para exportar GNL no país.
As receitas consolidadas caíram de US$ 4,6 bilhões para US$ 4,4 bilhões entre o segundo trimestre de 2012 e o deste ano. O lucro, excluindo itens extraordinários e variações cambiais, caiu de US$ 1,8 bilhão para US$ 1,7 bilhão. O lucro antes dos impostos, afetado em 2012 por baixa contábil de US$ 1,3 bilhão, foi de US$ 519 milhões para US$ 1,4 bilhão.