O Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) entende que uma das saídas para aumentar a concorrência com as linhas internacionais é ter armadores brasileiros de longo curso. Atualmente, porém, competir com as grandes companhias internacionais que atuam em várias pontas dessa indústria é muito difícil.
“Para que possamos ocupar esse espaço precisamos ocupar primeiro o da navegação doméstica. Com uma marinha mercante forte, navios novos, construção naval competitiva, aí podemos nos projetar no mercado internacional”, afirma Luís Fernando Resano, vice-presidente executivo do Syndarma.
Resano atenta, contudo, que essa mudança só virá por intermédio de uma política de governo. “Cada vez que pagamos o frete ao operador internacional é remessa de divisas ao exterior”.
O Fundo de Marinha Mercante (FMM) é o principal instrumento de política de transporte marítimo sob a gestão do Ministério dos Transportes. O fundo permite a oferta de condições diferenciadas para os financiamentos, que, dependendo do conteúdo nacional podem chegar a até 90% do valor da embarcação, prazo de carência de até quatro anos e prazo de amortização de até 20 anos.
O ministério afirma que o fundo tem disponibilizado recursos crescentes para ampliação, modernização e renovação da frota brasileira como um todo, englobando todos os tipos de embarcações, inclusive navios de longo curso. Em 2012 proveu R$ 4,8 bilhões para o financiamento de diferentes empreendimentos, 80% a mais em relação a 2011. (FP)