O Brasil foi superado pela Turquia na produção de aço em 2012, segundo dados da World Steel Association (WSA), entidade que representa as siderúrgicas em 62 países no mundo.
Conforme o relatório, a Turquia, que tem se destacado ano a ano no setor, alcançou produção de 35,9 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 5,2% em relação a 2011. A siderurgia brasileira fechou o ano passado com queda de 1,5% no volume fabricado, para 34,7 milhões.
A China manteve sua posição de líder global, com 716 milhões de toneladas, alta de 3,1% sobre 2011. A produção do país ganhou participação no total do mundo, de 45,4% para 46,3% de um ano para o outro.
A produção asiática somou 1,012 bilhão de toneladas, expansão de 2,6% em relação a 2011. O peso da região no cenário mundial da siderurgia cresceu um ponto percentual, para 65,4% – quase dois terços do montante global. A siderurgia japonesa, vice-líder mundial, teve queda de 0,3% e alcançou 107 milhões de toneladas em 2012. A Coreia do Sul subiu 1,2%, com 69,3 milhões de toneladas. Ainda com números preliminares, a produção da Índia cresceu 4,3% e atingiu 76,7 milhões de toneladas, consolidando-se como a quarta maior, atrás dos EUA.
No ano passado, a siderurgia americana cresceu 2,5% e atingiu 88,6 milhões de toneladas. O país vem se recuperando gradualmente após a crise de 2008.
Já a União Europeia, afetada pela crise, teve recuo de 4,7% na produção, atingindo 169,4 milhões de toneladas. A Alemanha, maior produtor da zona do euro, viu sua indústria retrair 3,7% ante 2011, ao fazer 42,7 milhões de toneladas.
A produção mundial de aço bruto cresceu 2,4% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2011, para 121,3 milhões de toneladas métricas. Frente a novembro, quando a produção global do insumo foi de 121,7 milhões de toneladas, houve ligeira queda, de 0,3%.
Com esse desempenho, segundo a WSA, o volume de aço bruto produzido mundialmente ficou em 1,548 bilhão de toneladas em 2012, registrando expansão de 1,2% ante o ano anterior.
A taxa de utilização de capacidade das usinas nos países produtores ficou em 73,2% em dezembro (ante os 76,1% de novembro). A taxa média no ano foi de 78,8%, abaixo dos 80,7% de 2011.