A OAS pretende colocar à venda a participação dela nos cinco navios-sonda da Sete Brasil afretados para a Petrobras, além de seus 17,5% no estaleiro Enseada de Paraguaçu. A medida faz parte do pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas, protocolado nesta terça-feira (31/3) na Justiça de São Paulo.
Segundo o grupo, desde o início das investigações na Petrobras, “as instituições financeiras têm sistematicamente restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para a manutenção das obras”.
Dentre os contratos ativos e inativos com a petroleira nos últimos cinco anos, a OAS possuía carteira de R$ 10,2 bilhões. Para a empreiteira, as dificuldades começaram em novembro, quando foram iniciadas as investigações na Petrobras, o que resultou na interrupção das linhas de crédito.
À época, os clientes da OAS suspenderam momentaneamente seus pagamentos e novas contratações. Em consequência disso, as agências de rating rebaixaram a nota da empreiteira, levando ao vencimento antecipado de suas dívidas. O pagamento destas chegou a ser suspenso no final de 2014, para poupar recursos destinados a tributos e folha de pagamento.
Com isso, serão colocadas à venda a participação da OAS na Invepar (24,44% do negócio), a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%), a OAS Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%), a OAS Óleo e Gás (61%) e a OAS Defesa (100%). Também serão negociadas a Arena Fonte Nova (50%) e a Arena das Dunas (100%).
Se aceitar o pedido, a Justiça dará ao grupo 60 dias para apresentar um plano de reestruturação dos débitos aos credores e fornecedores, que terão mais 120 dias para discutir e aprovar a proposta. As dívidas contraídas até esta terça-feira serão congeladas e renegociadas.