Estaleiro Fibrafort de Itajaí prevê crescimento de 18% este ano e mira mercado asiático

  • 08/06/2015

A Fibrafort, estaleiro de Itajaí que carrega o status de maior da América do Sul, está de olho no mercado da Ásia. Quer exportar seus modelos para países como China e Coreia do Sul, onde o interesse náutico tem crescido exponencialmente.

Hoje a empresa, que completa 25 anos e produz embarcações 100% nacionais, tem revendas espalhadas pela América e exporta para países como Noruega, Holanda, Rússia e Emirados Árabes _ só este ano já exportou 90 barcos. Um negócio milionário que tem passado longe da crise. Este ano, a previsão de crescimento da Fibrafort é de 18 a 20%.

O pulo do gato foi a recente aposta da empresa no mercado de iates. O primeiro 40 pés foi lançado no ano passado e rapidamente se tornou um sucesso de vendas. Só a F400 Gran Coupé da Linha Yachts deve movimentar este ano mais de R$ 20 milhões.

O fato é que enquanto setores mais tradicionais da economia, como o mercado automobilístico, sentem os efeitos da retração, na náutica a crise parece uma realidade distante. A abertura para novos clientes nos últimos anos e o interesse do consumidor já conquistado por embarcações maiores e melhor equipadas tem feito o setor sobreviver às intempéries. Uma ótima perspectiva para Itajaí, que concentra alguns dos principais estaleiros especializados em barcos de passeio no país.

A Fibrafort tem 300 funcionários e fabrica cerca de mil embarcações ao ano, que podem custar de R$ 40 mil a R$ 1,3 milhão.

Em expansão

De olho no mercado náutico que mais cresce, o das embarcações mais caras e luxuosas, a Fibrafort deve lançar no ano que vem mais uma opção de modelo, com 35 pés, e em 2017 planeja começar a entregar barcos de 46 pés. A ideia é atender ao consumidor que já possui uma embarcação, mas procura um modelo maior.

Giovani Borgomoni, diretor comercial da Fibrafort, diz que expansão na oferta de marinas na região tem sido vista como oportunidade de crescimento para os estaleiros. Nos últimos anos as empresas têm deixado de vender barcos para novos clientes porque não há espaços disponíveis para manter a embarcação por aqui. Além de Itajaí, Balneário Camboriú e Porto Belo trabalham em projetos de marinas.

Fonte: ClicRBS – Sol Diário – Dagmara Spautz
08/06/2015|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |