QGI retomará obras das plataformas P-75 e P-77

  • 03/07/2015

A Petrobras e o consórcio QGI (Queiroz Galvão e Iesa O&G) chegaram a um acordo para dar continuidade ao projeto de construção, montagem e integração dos módulos dos topsides das plataformas P-75 e P-77. A informação é da prefeitura de Rio Grande (RS), onde as obras serão executadas.

O prefeito do município gaúcho, Alexandre Lindenmeyer, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos das Indústrias Metalúrgicas de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, foram recebidos nesta quinta-feira (2/7) no Edise, no Rio de Janeiro, onde ainda aguardam para conhecer os detalhes finais das negociações.

À Brasil Energia Petróleo & Gás, Lindenmeyer disse que ainda não tem informações sobre a parte do projeto que será de fato executada no estaleiro Honório Bicalho, em Rio Grande. “De qualquer forma, é um momento de comemoração, tendo em vista o cenário de desemprego que enfrentaríamos caso não se chegasse a um acordo”, comentou.

Uma fonte afirma que 60% das obras da P-75 serão realizadas na China, mas que a construção da P-77 será integralmente executada no Brasil. A expectativa é que os trabalhos sejam retomados dentro dos próximos 40 dias.

O contrato entre o QGI e a Petrobras foi assinado em setembro de 2013. Em fevereiro deste ano, o consórcio informou que não tinha mais interesse no contrato, depois de seu pleito por aditivos ser negado pela estatal. A petroleira alegava impedimentos, já que tanto Queiroz Galvão quanto Iesa estão na lista de bloqueio cautelar para empresas com envolvimento nas fraudes apuradas pela Operação Lava Jato.

A assessoria de imprensa do QGI confirmou que as partes chegaram a um acordo, mas não deu detalhes sobre como ficará a execução do projeto. Quanto à questão dos aditivos e o bloqueio cautelar, a assessoria disse apenas que o consórcio tem um CNPJ próprio. A Petrobras não respondeu ao contato feito pela reportagem.

A P-75 e a P-77 serão instaladas, respectivamente, nos campos Búzios II e Búzios IV, na área da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. O primeiro óleo das unidades está previsto para 2019.

Fonte: Brasil Energia – João Montenegro
03/07/2015|Seção: Notícias da Semana|Tags: |