Com o anúncio feito recentemente no Rio de Janeiro, sobre o acordo entre Petrobras e QGI Brasil para a construção das plataformas P-75 e P-77, agora a expectativa gira em torno do então esperado início das obras. Desde que foi oficialmente divulgado que empresa e estatal chegaram finalmente a uma decisão sobre o futuro das construções, muitos questionamentos começaram a surgir, principalmente por parte da população, como por exemplo, quando de fato devem ter início as contratações da mão de obra e se a mesma será local.
Conforme informações de fontes ligadas a empresa, é provável que as contratações de trabalhadores só comecem após a assinatura do contrato, que deve ocorrer em aproximadamente 60 dias. Ainda segundo as fontes, é preciso que se resolva a parte burocrática, que está entre o acordo e a assinatura do contrato. Antes do contrato ser assinado, ele precisa passar pelos departamentos jurídicos da Petrobras e da QGI Brasil, e quando estiver liberado, ocorrerá a assinatura.
Assim que o contrato estiver assinado, a QGI deve dar início a reestruturação da empresa e montar a equipe administrativa, que hoje possui apenas alguns funcionários. Depois a empresa faz a contratação da parte de engenharia e após, tem início a efetivação da mão de obra. Recentemente a QGI Brasil divulgou um e-mail para que os interessados em trabalhar nas obras, encaminhem os currículos, porém, as seleções dos trabalhadores não devem ocorrer imediatamente. O e-mail para enviar os currículos é rh@qgibrasil.com.br.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Benito Gonçalves, confirmou que as contratações devem ocorrer somente após a assinatura do contrato. Ele explicou que o processo de assinatura do contrato e contratações devem levar de 30 a 60 dias. “A empresa vai começar a mobilização, pois ela não tem mais mão de obra contratada. Hoje, eles não têm condições ainda de receber os currículos, porque não há muitos funcionários e por isso criaram o e-mail para que os trabalhadores possam enviar”, comentou.
Gonçalves salientou que a QGI Brasil já recebeu sete navios de materiais que serão utilizados na plataformas e que esses materiais já estão no canteiro de obras. Ele destacou que as construções devem gerar aproximadamente 4,5 mil vagas de emprego.
FPSOs
As plataformas P-75 e P-77 são FPSOs (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) para o pré-sal. Cada uma terá capacidade de produção de 150 mil barris por dia. Os cascos das plataformas virão prontos para o estaleiro QGI. Hoje, ambos encontram-se no Rio de Janeiro, no Estaleiro Inhaúma, onde ocorrem os trabalhos de conversão do casco. A expectativa é que assim que assinado o contrato, os cascos cheguem ao Município. Conforme o plano de negócios, divulgado recentemente pela Petrobras, a perspectiva é que ambas plataformas sejam concluídas em 2019.