Partidos aliados do governo com influência na construção naval, como o PCdoB, de Jandira Feghali, estão meio calados sobre a crise no setor. O Estaleiro Mauá, de Niterói, fechou as portas porque não aceita a decisão da Transpetro de desconsiderar reajuste em itens inflacionados, como energia elétrica, combustíveis e produtos importados. Com isso, cabe aos pequenos Psol e PSTU levantar a bandeira do setor. O Psol informa que o Mauá foi ocupado e que a crise se deve a desvio de verbas da União. “Estamos pagando por uma crise que não criamos”, explicou Aldair Pereira, o China, da Oposição Metalúrgica da CSP-Conlutas.
“O Mauá não pode fechar. São 4 mil empregos diretos que estão em risco”, defendeu o presidente do PSTU-Rio, Cyro Garcia. Lembra Garcia que os estaleiros foram vitrines para Lula e Dilma e agora são esquecidos.
Para piorar, estudo do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), calcula que, com menos plataformas, a Petrobras deverá reduzir em cerca de 90 navios sua frota de apoio offshore. O sindicato lembra que há dificuldades na obtenção de financiamentos com os agentes financeiros do FMM, devido ao maior rigor da exigência de garantias, além do valor anteriormente exigido, de 130% do valor do crédito.