A National Oilwell Varco (NOV) suspendeu os projetos de construção dos sistemas de perfuração de 22 sondas da Sete Brasil em três dos quatro estaleiros com os quais têm contrato (Brasfels, EAS, ERG2 e Enseada). As atividades prosseguem normalmente em apenas um deles, que mantém os pagamentos em dia, mas cujo nome não foi revelado pela companhia.
Apesar da expectativa pela redução do número de sondas inicialmente planejado pela Sete Brasil, a NOV não recebeu nenhum pedido de cancelamento. “Esses contratos continuam, portanto, em nosso backlog e, no final de junho, somavam US$ 3,1 bilhões”, disse o CEO da empresa, Clay C. Williams, em conferência com analistas.
No segundo trimestre, a companhia registrou receita de US$ 3,9 bilhões, queda de 19% em relação ao primeiro trimestre e de 26 % ante o mesmo período de 2014. O lucro obtido foi de US$ 455 milhões – quase 50% menor na comparação com o ano passado – e o Ebitda, US$ 627 milhões (- 45%).
Segundo Willilams, a companhia está buscando oportunidades na área de fusões e aquisições e segue investindo para desenvolver pacotes mais abrangentes de produção e completação para FPSOs. Entre as soluções estudadas estão um modelo de casco e sistema de ancoragem que gerariam uma economia de 20% e 25%, respectivamente.
A empresa acredita no potencial da área de pós-vendas no segmento de rig systems (sistemas para sondas) nos próximos anos. “Creio que, fora do Brasil, haja mais de 50 sondas flutuantes em construção e essas unidades possuem um conteúdo muito maior de tecnologias avançadas da NOV”, comentou o executivo.