Os trabalhadores do setor metalmecânico continuam sofrendo com o processo de desmobilização no Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Informação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindimetal-PE) dão conta de que ontem foram demitidos mais 200 funcionários. Os desligamentos começaram em novembro de 2014, mas se intensificaram este ano.
“Só este ano foram registradas 2,3 mil demissões, restando 2,9 mil funcionários. A expectativa da diretoria do estaleiro é encerrar o ano com um quadro de 2,5 mil trabalhadores. Isso significa dizer que mais 400 serão demitidos”, observa o presidente do Sindimetal, Henrique Gomes.
As demissões começaram após a suspensão do contrato do Atlântico Sul com a Sete Brasil. A empresa é investigada pela operação Lava Jato. O EAS tinha contrato para a construção de sete navios-sonda para a companhia, mas suspendeu a produção depois de deixou de receber pagamentos. Duas sondas começaram a ser construídas.
“A ordem dentro do estaleiro é de cortar custos, mas o impacto só é sentido pelo trabalhador, que perde seu emprego. Os diretores continuam nos seus cargos e recebendo seus salários”, diz.
Desde que entrou em operação, o Atlântico Sul entregou apenas seis navios de um total de 22 embarcações encomendadas pela Transpetro.