A operação de offloading do FPSO Cidade de São Mateus foi concluída. Segundo a BW Offshore, operadora da plataforma, o próximo passo será rebocar a unidade até um estaleiro, onde passará por reparos.
No trimestre, o acidente casou um impairment de US$ 75 milhões. O FPSO foi interditado em fevereiro pela ANP, após um acidente que deixou nove mortos. Como a plataforma ainda está no campo, a empresa vem enfrentando dificuldades para dimensionar os danos. “O valor do impairment total será registrado assim que uma estimativa confiável puder ser feita”, diz a BW em seu último relatório financeiro.
Suspenso em fevereiro, o contrato do Cidade de São Mateus é válido até 2018. Devido ao atraso na desconexão do navio-plataforma, ainda não se sabe por quanto tempo mais o FPSO ficará sem receber diárias.
A BW Offshore opera atualmente 17 unidades, sendo 14 próprias (13 FPSOs e um FSO), cuja taxa de utilização no terceiro trimestre foi superior a 98% – excluindo-se o FPSO de São Mateus. A companhia também opera o FPSO de Peregrino, para a Statoil e a Sinochem, no campo homônimo, e a P-63, para a Petrobras, em Papa-Terra.
Resultado
Entre julho e setembro, a empresa registrou prejuízo de US$ 7,3 milhões, ante lucro de US$ 40,4 milhões no mesmo período de 2014. No acumulado do ano, o lucro da companhia é de US$ 18,1 milhões, queda de 90% frente ao terceiro trimestre do ano anterior. A receita da BW nos últimos três meses foi de US$ 308,7 milhões, aumento de 20% sobre o 3T14.
A BW acredita que a terceirização da produção seguirá como uma opção economicamente atraente para as petroleiras, mas prevê um período prolongado de baixa nos pedidos. A maior parte da frota da empresa permanecerá em contratos de longo prazo com petroleiras estatais e privadas, gerando bom retorno nos próximos meses.