Diante das críticas dos sindicatos dos petroleiros de que estaria vendendo sondas muito abaixo dos preços adquiridos, a Petrobras divulgou nota em que explica que colocou à venda “sete sondas de perfuração, devido ao movimento de redução de custos que a companhia tem perseguido, em alinhamento ao seu Plano Estratégico/PNG 2017-21”.
A nota diz que o foco da empresa é no desenvolvimento da produção em águas profundas e ultraprofundas e que a demanda por equipamentos, que só podem ser usados em águas rasas, não justifica a sua manutenção.
“A companhia esclarece, ainda, que, no caso da P-59 e P-60, o valor de US$ 20 milhões por cada unidade é apenas o lance de partida no leilão e não deve ser considerado como o preço mínimo de venda, que é definido pela Petrobras e, conforme os trâmites usuais do procedimento de leilão, tem seu sigilo resguardado”, afirma a Petrobras.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) havia acusado a estatal de realizar um leilão internacional suspeito. “É no mínimo suspeito o leilão internacional que a Petrobrás anunciou para doar à concorrência sete sondas de perfuração. Pela bagatela de US$ 40 milhões, os gringos vão poder levar a P-59 e a P-60, que custaram à estatal US$ 720 milhões. O lance mínimo estipulado pelos gestores é 5,6% do valor original dessas unidades, que foram adquiridas há apenas cinco anos. Outras quatro sondas não têm sequer preço mínimo”, diz FUP.