O primeiro FPSO a operar em Libra, no pré-sal, deve chegar ao Brasil em junho, com início das operações previsto para meados deste ano. A estimativa é da própria Petrobras, que anunciou nesta semana a partida do navio-plataforma de Cingapura, do estaleiro Jurong, rumo ao Brasil, marcando mais um atraso nas contratações da estatal no exterior, já que o FPSO deveria ter entrado em operação no segundo semestre de 2016, conforme o plano de negócios 2015-2019 da empresa.
A obra, orçada em quase US$ 1 bilhão, é responsabilidade de um consórcio formado pela brasileira Odebrecht Óleo e Gás com a americana Teekay, mas foi tocada pelo estaleiro Jurong desde o fim de 2014, o que mostra que nem os estaleiros internacionais, de mais renome e qualificação, estão isentos dos riscos de atrasos – uma das bandeiras usadas pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, para apoiar a quebra do conteúdo local. No caso desta unidade, que tinha exigência de apenas 5% de conteúdo local, as empresas do consórcio calculam que ao final tenham sido atingido um total de 7% de conteúdo nacional.
O FPSO vai marcar os primeiros testes de produção na área de Libra, com capacidade para processar 50 mil barris de petróleo por dia e comprimir e reinjetar 4 milhões de m3/dia de gás associado, sendo que sua execução é resultado da conversão do navio petroleiro Navion Norvegia.
A Petrobrás é operadora da área de Libra, com 40% de participação no consórcio, em parceria com as estrangeiras Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), tendo como gestora do contrato de partilha da produção a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).