América Latina será responsável por 31% dos investimentos globais na área
A Petrobras dominará o mercado de construção de unidades de produção flutuantes até 2021. De acordo com um relatório da Douglas-Westwood (DW), a América Latina continuará dominante no setor no período, sendo responsável por 31% dos investimentos globais e dos custos de instalação.
Neste cenário, a Petrobras será a companhia na região com maiores gastos no setor. A maioria dos investimentos da petroleira na área deve ser direcionada para campos em lâmina d’água acima de 1.000 m. O plano de negócios da companhia brasileira de 2017 a 2021 prevê a entrada em produção de 19 unidades de produção.
Atualmente, a Petrobras está tentando contratar dois FPSOs de 180 mil barris/dia para Libra e Sépia. No relatório divulgado pela DW para o setor no ano passado, que cobria o quinquênio de 2016 a 2020, a consultoria já havia afirmado que a Petrobras seria a principal contratante do setor no período, sendo que o FPSO de Libra, que atuará na área no pré-sal da Bacia de Santos, seria a unidade mais cara contratada no ano passado. O processo licitatório para a contratação da unidade, no entanto, ainda não foi concluído.
De acordo com a previsão atualizada da DW, os investimentos globais em encomendas de novas unidades de produção flutuantes devem ficar em US$ 42 bilhões entre 2017 e 2021. Já o valor investido na instalação deve chegar a US$ 54 bilhões no período, dos quais 43% devem ser aplicados ainda em 2017. O valor esperado para novas encomendas cresceu 14% em relação à expectativa divulgada pela consultoria no primeiro trimestre de 2017.
“No último trimestre, a DW observou um aumento no entusiasmo nas atividades de desenvolvimento de campos, conforme os operadores buscam capitalizar os baixos preços de fornecedores e substituir as reservas. Revisões significativas de projetos diminuíram os custos de diversas unidade de produção”, afirma a consultoria.
Atualmente, há 36 unidades em construção ao redor do mundo, a maioria encomendada antes da crise.
Fonte: Brasil Energia – Gabriela Medeiros