Demora no processo de licenciamento ambiental na Foz do Amazonas faz petroleira solicitar prorrogação da validade das propostas para Ensco e Maersk
A campanha de perfuração da Total na Foz do Amazonas corre risco de ser adiada mais uma vez. Ainda no aguardo da liberação da licença ambiental, a petroleira francesa vem solicitando prorrogação do prazo de validade das propostas comerciais encaminhadas pela Ensco e a Maersk para o afretamento de uma sonda para a região.
O cronograma mais recente da petroleira previa o início da campanha de perfuração na Foz do Amazonas no fim deste ano, mas diante da demora e das dificuldades na obtenção da licença é praticamente certo que os primeiros poços exploratórios só comecem a ser perfurados em 2018. A Total já solicitou mais de um pedido de prorrogação da validação da proposta e deve encaminhar uma nova solicitação em breve.
As propostas da Ensco e da Maersk, ambas ofertando navios-sonda que seriam trazidos do exterior, foram recebidas em meados de janeiro. A Total pretendia fechar a contratação da sonda no primeiro trimestre, mas diante dos problemas no licenciamento optou por postergar o fechamento do contrato.
A petroleira detém cinco blocos na Foz do Amazonas – FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127 – arrematados na 11ª rodada. A campanha de perfuração na bacia prevê inicialmente a perfuração de dois poços firmes e dois contingentes. O programa de trabalho acordado com a ANP exige a realização de um total de nove poços.
Os pedidos de prorrogação de validação das propostas não estão limitados ao processo das sondas. Segundo apurado, a petroleira solicitou também às empresas de serviço de perfuração que revalidem as cotações já apresentadas por um período maior de tempo.
A tentativa da Total de contratação de uma sonda para a Foz do Amazonas se arrasta há mais de três anos. O primeiro escopo elaborado pela petroleira previa o afretamento de duas sondas e incluía também a perfuração de um poço no Uruguai.
Os poços precisam ser perfurados até 2020, quando termina a primeira fase do programa exploratório dos cinco blocos da Foz do Amazonas. O prazo original era até 2018, mas a ANP prorrogou a data por mais dois anos justamente pela demora no licenciamento ambiental.