A frota de apoio marítimo no Brasil voltou a crescer em abril, fechando o mês com 386 embarcações ante 381 em março, de acordo com dados da Abeam. Em relação ao mesmo mês de 2016, quando a frota totalizava 424 barcos, o número representa uma queda de 9%.
Pouco mais de 80% das embarcações registradas em abril (311) têm bandeira brasileira, mantendo o patamar de março. Na comparação anual, o aumento de barcos arvorando bandeira nacional é de 15 pontos percentuais, com o acréscimo de 28 unidades.
A maior parte da frota em abril era composta por PSVs, com 147 embarcações. Em seguida vêm os LHs, com 62 barcos; AHTSs (52); OSRVs (44); FSVs (17); PLSVs (16); MPSVs (11); RSVs (11); Crew (nove); SV (oito); DSV (seis); e WSV (quatro).
As classes com maior proporção de embarcações estrangeiras são os PLSVs (81% estrangeiros); RSVs (63%); MPSVs (54%); DSVs e WSVs, com 50%; AHTSs (44%); e OSRVs (32,5%).
Com 51 embarcações no país, a Edison Chouest tem a maior fatia do mercado, com 13% da frota de apoio marítimo. Sete de suas embarcações arvoram bandeira estrangeira, das quais três são OSRVs; dois WSVs; um RSV; e um MPSV.
CBO, com 27 barcos, Starnav (23), Tranship (20), Wilson Sons Offshore (16) e Camorim (16) – empatados no quinto lugar – completam a lista dos maiores proprietários de barcos de apoio no Brasil, com a vantagem de ter toda sua frota operando com bandeira nacional.
No outro extremo, armadores como a CMM, Otto Candies, Tidewater Marine, Varada Marine e Vega Offshore possuem somente barcos estrangeiros na frota, estando, portanto, mais expostas à possibilidade de bloqueio por embarcações brasileiras.
A CMM tem cinco OSRVs estrangeiros; a Otto Candies e a Tidewater, dois AHTss de bandeira internacional cada uma; e a Vega Offshore, três OSRVs estrangeiros – embarcações que, por não serem de alta complexidade, poderão enfrentar uma disputa acirrada no mercado brasileiro com concorrentes nacionais.
Já a Subsea 7 possui seis PLSVs estrangeiros – além de um LH brasileiro –, mas o único barco do tipo atualmente descontratado no Brasil, o Skandi Niterói, do consórcio Technip-DOF, não conseguiu bloquear nenhum deles até o momento por ter especificações distintas.
Entre outras companhias com maior proporção de barcos de apoio estrangeiros na frota estão a Maersk (cinco AHTSs sobre uma frota de oito barcos); Farstad Shipping (três AHTSs, dois RSVs e um DSV de um total de 11 barcos); e a Sapura (cinco de seis PSLVs), cuja situação é semelhante à da Subsea 7 por se tratar de barcos especiais.
O relatório da Abeam não considera lanchas, barcos de pesquisa e flotéis, nem embarcações com porte inferior a 100 tpb ou bhp inferior a 1.000, e inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, no mercado spot, em manutenção o eventualmente fora de operação.
Atualizado em 07/06/17, às 21h25
Classificação das classes de embarcações pela Abeam
AHTS (Anchor Handling and Tug Supply):
Embarcações de elevada potência que atuam como rebocador, manuseio de âncoras e transporte de suprimentos.
PSV (Platform Supply Vessel):
Utilizadas para transporte de suprimentos.
SV (Mini Suplly Vessel):
Mini supridores às plataformas de petróleo.
FSV (Fast Suplly Vessel):
Supridores de cargas rápidas.
Crewboat:
Adotadas para transporte de tripulantes para as plataformas.
OSRV (Oil Spill Response Vessel):
Utilizadas para combate a derramamento de óleo.
RSV (Remotely Support Vessel):
Embarcações equipadas com veículos de operação remota (Remotely Operated Vehicle – ROV).
RV (Research Vessel):
Embarcações de Pesquisa.
DSV (Diving Support Vessel):
Embarcações para suporte e apoio ao mergulho.
WSV (Well Stimulation Vessel):
Empregadas para estimulação de poços de petróleo.
PLSV (Pipe Laying Support Vessel):
Embarcação complexa e altamente especializada, dotada de equipamentos/sistemas sofisticados e de elevado valor, é usada para construção e lançamento de linhas rígidas e flexíveis.
MPSV (Multi-Purpose Support Vessel):
Embarcações empregadas em tarefas múltiplas.