Gastos com equipamentos deve continuar sustentado por certificações e substituições, acredita DW
O mercado global de sondas offshore deve continuar em sobreoferta, acredita a Douglas-Westwood (DW). De acordo com a consultoria, hoje o setor sofre com os impactos do longo período com baixa na aprovação de novos projetos.
As expectativas para o setor continuam longe de ser otimistas, levando em consideração que o preço do barril tem estado ao redor dos US$ 45, no entanto, a consultoria já consegue ver boas perspectivas.
“Em 2017 já vimos projetos de alto nível serem aprovados, além de observarmos um crescimento na demanda por plataformas fixas, principalmente no Oriente Médio”, afirma a consultoria.
No caso dos equipamentos offshore, a DW acredita que o mercado de substituições e certificações continuará a sustentar os gastos no segmento até o começo da próxima década. Entre as unidades que têm ajudado a sustentar a área estão equipamentos fundamentais, como blowout preventers (BOPs).
A própria Petrobras já indicou que não deve aumentar a frota de sondas tão cedo. A companhia encerrou 2016 com 28 unidades na carteira e, no momento, se prepara para ir ao mercado contratar apenas duas sondas, que devem substituir as unidades que atuam na campanha de Libra ao término do contrato atual.
Ao todo, apenas 16 sondas atuaram no Brasil em maio deste ano. Apesar da quantidade ser menos da metade das 43 unidades que trabalhavam no país há dois anos, em maio de 2015, já é um pequeno aumento tanto na comparação com o mesmo mês no ano passado, quanto em relação a abril de 2017, já que em ambos os meses apenas 15 sondas haviam atuado no país.
Onshore otimista apenas nos EUA
Já no caso do onshore, a DW atualizou as projeções para o crescimento anual do mercado de equipamentos nos próximos anos. Agora, a expectativa é de uma alta 5% ao ano nos gastos até 2021, e não mais 4%, conforme a consultoria havia previsto anteriormente.
“Isto é um reflexo da contínua alta nas perfurações onshore nos Estados Unidos, que segue pressionando a indústria de equipamentos. As atividades estão sendo limitadas por escassez de equipamentos e de mão de obra”, explica a DW.
Apesar disto, as companhias ainda preferem concentrar os esforços na reativação dos equipamentos que estavam foram de operação, e não voltaram a encomendar novas unidades.
Fora dos EUA, no entanto, o mercado continua enfrentando dificuldades. No Brasil, por exemplo, as novas perfurações terrestres têm vindo principalmente das petroleiras independentes, já que a Petrobras tem concentrado suas perfurações em terra apenas em poços produtores e injetores. Até o momento, em 2017, foram perfurados 77 poços onshore no país, dos quais 61 estavam em áreas da Petrobras. Entretanto, entre os poços perfurados pela petroleira brasileira, apenas três eram exploratórios.