A Organização Marítima Internacional acaba de dar um tímido, porém fundamental passo para descarbonizar o setor de transportes marítimos. Em reunião em Londres, mais de 170 países chegaram a um esboço com sete passos que agora precisam ser desenvolvidos em um plano provisório, previsto para 2018. Trata-se da base da primeira tentativa substancial da OMI de enfrentar a mudança climática, 20 anos após receber a primeira solicitação para tanto, feita ainda no âmbito do Protocolo de Quioto.
O organismo de transporte da ONU estabeleceu os principais elementos de uma estratégia provisória com o objetivo de descarbonizar o setor. Embora tivesse recebido apoio expressivo, proposta solicitando que o setor de transporte marítimo adote objetivos climáticos alinhados ao Acordo de Paris e descarbonize suas operações na segunda metade do século não conseguiu alcançar o consenso.
China e a Índia expressaram forte apoio aos combustíveis alternativos de baixas emissões de carbono e uma coalizão das nações do Pacífico e da Europa evidenciam a urgência de tomar medidas no setor. Alguns países — entre elas, Brasil e Chile — expressaram preocupações sobre impactos potencialmente negativos das medidas de redução.
Atualmente o transporte marítimo responde por 2% a 3% das emissões dos gases de efeito estufa.
A próxima rodada de negociações climáticas da OMI ocorre em Londres em outubro.