West Saturn deverá perfurar pelo menos dois poços firmes na área do BM-S-8, incluindo um teste de produção
A Statoil assinou nesta quarta-feira (12/7) contrato com a Seadrill para o afretamento do navio-sonda West Saturn, que ficará responsável pela perfuração de pelo menos dois poços firmes na área do BM-S-8. A campanha prevê um poço exploratório no prospecto de Guanxuma e um teste de produção em Carcará. Statoil e a Seadrill não divulgaram o valor do contrato, mas segundo fontes, a taxa diária acertada gira em torno de US$ 200 mil.
A campanha de estreia será feita com o poço exploratório, possivelmente ainda este ano. O teste de produção será feito por meio da reentrada em um dos três poços já perfurados na área de Carcará. A parte firme do contrato consumirá cerca de 150 dias. O afretamento da sonda poderá ser prorrogado para até sete poços. A tendência é que a sonda perfure novos poços em Santos e no Espírito Santo.
Além do BM-S-8, a Statoil responde pela operação de outras cinco áreas, sendo quatro blocos no Espírito Santo, arrematados na 11ª rodada de licitação (ES-M-598, ES-M-671, ES-M-673 e ES-M-743), e um na Bacia de Campos, o BM-C-33, onde foi feita a descoberta de Pão de Açúcar.
O West Saturn está em campanha no exterior e será desmobilizado para o Brasil possivelmente entre outubro e novembro, quando encerra seu contrato.
Ativo
Com a aquisição na terça-feira (11/7) dos 10% de participação da QGEP, pelo valor de US$ 379 milhões, a Statoil passa a deter 76% do BM-S-8, bloco cujos trabalhos já realizados apontam para a existência de um volume de óleo equivalente recuperável de 700 milhões a 1,3 bilhão de barris. O primeiro óleo do projeto está previsto para a metade da próxima década.
O aumento de participação reforça a certeza do mercado de que Carcará está no topo de prioridades da petroleira no Brasil. A companhia deve investir alto para tentar arrematar a área unitizável do reservatório no próximo leilão do pré-sal. O entendimento é que a petroleira norueguesa busca ampliar sua participação no ativo para o caso de não ser bem sucedida no leilão. Dessa forma, garantiria a posição de operadora nas duas áreas por conta da sua posição de maior participação.
“Esta aquisição é mais uma prova de nossa confiança no Brasil, uma área chave para a Statoil. Ela também reforça nossa posição num ativo de primeira classe que tem grande compatibilidade com nossa competência e capacidade”, afirma Anders Opedal, presidente da Statoil no Brasil.
O ingresso da Statoil no BM-S-8 ocorreu em meados de 2016, quando a petroleira adquiriu a participação da Petrobras no ativo, assumindo a posição de operadora.