Um dos primeiros investidores do setor privado na área de energia no México anunciou uma descoberta significativa de petróleo em águas mexicanas. A britânica Premier Oil e suas sócias Talos Energy, de Houston, e Sierra Oil & Gas, da Cidade do México, afirmaram que a análise exploratória do campo Zama-1, localizado em águas rasas no Golfo do México, revelou uma formação “de qualidade mundial” com entre 1,4 bilhão e 2 bilhões de barris de petróleo leve, ou cerca do dobro do antes projetado.
Mais cedo neste ano, o grupo havia estimado que havia entre 700 milhões e 800 milhões de barris no depósito, baseando-se em imagens sísmicas do bloco e em comparações com campos próximos. A descoberta é um impulso significativo para o governo mexicano, que em 2014 abriu o setor de energia do país para o investimento privado, após 76 anos de controle estatal. A Premier, a Talos e a Sierra venceram o leilão em julho de 2015 para explorar o campo Zama-1, no primeiro contrato do tipo dado a investidores privados. A Sierra possui 40% desse bloco, a Talos tem 35% e é a operadora e a Premier, 25%.
A novidade é “a descoberta mais importante até agora da reforma energética do México”, disse Pablo Medina, analista da Wood Mackenzie com foco na América Latina. A consultoria estima que o campo Zama-1 seja um dos 20 maiores em águas rasas descobertos globalmente ao longo das últimas duas décadas.
“Não apenas há petróleo ali, mas é mais fácil de extraí-lo”, disse Alfredo Martí, diretor-gerente da Riverstone Holdings, companhia de private equity que apoia a Sierra e a Talos. “Com os preços do petróleo e do gás tão baixos, não temos tido muitas oportunidades para abrir champagne nessa época, mas essa é uma delas”, afirmou ele.