Em fase final de construção, AHTS da empresa iniciará contrato de oito anos com a estatal
Terminou no último dia 12 o prazo da suspensão que impedia a Galáxia Marítima de fechar novos contratos com a Petrobras. A empresa de navegação foi penalizada porque uma de suas embarcações a serviço da petroleira ficou indisponível na fase final de vigência do contrato.
Em janeiro deste ano – quando foi incluída na lista de empresas impedidas de fechar novos contratos com a estatal –, a Galáxia explicou que o AHTS Fivel não retornou ao Brasil após sair do país a pretexto de fazer uma docagem no Uruguai.
A embarcação pertence ao armador russo Femco, que entrou para o blacklist da Petrobras em abril, com suspensão válida por um ano e meio, até outubro de 2018.
O presidente da Galáxia, Moacyr Guimarães, conta que o AHTS já não suportava os prejuízos ocasionados pela aplicação de multas aplicadas pela Petrobras durante o contrato e que chegou a encaminhar para a petroleira cartas do Femco solicitando seu cancelamento.
“Apesar de a Galáxia ter mantido a Petrobras informada, a penalidade de exclusão do cadastro da companhia por 180 dias foi aplicada, sem nenhuma possibilidade de defesa, sendo que até hoje não conhecemos o critério utilizado”, protesta o executivo.
Em função da crise financeira vivida nos últimos anos, a Galáxia Marítima teve uma série de contratos cancelados antecipadamente pela Petrobras, inclusive no programa de renovação da frota de apoio marítimo da companhia, o Prorefam.
Em busca de novas oportunidades para se reerguer, Guimarães lamenta não ter sido convidado para participar de uma licitação de OSRVs da Petrobras que está em curso, apesar de possuir embarcação que “atende integralmente às especificações do edital”, sustenta.
Com sete embarcações em sua frota – seis afretadas e uma própria –, a Galáxia Marítima tem ainda um AHTS em fase final de construção. A embarcação cumprirá um contrato de oito anos, renovável pelo mesmo período, com a Petrobras.
Segundo Guimarães, além da Petrobras, a Galáxia negocia com petroleiras privadas contratos no Brasil e no exterior.
Procurada para comentar o assunto, a Petrobras respondeu que “aplicou sanção administrativa de suspensão por seis meses à empresa Galáxia Marítima S/A, observando toda a normativa aplicável ao caso, em especial o regramento previsto no item 7.3 do Decreto 2.745/98 e no Capítulo 9 do Manual da Petrobras para Contratação (MPC). A aplicação de sanção foi precedida de processo que conferiu, inclusive, o exercício do direito de defesa à empresa, o que ocorreu por meio da carta do dia 27/05/2015. A notificação enviada à Galáxia contemplou os motivos dessa medida. O período de vigência da sanção de suspensão teve início em 12/01/2017 e término em 12/07/2017.”
Fonte: Brasil Energia – João Montenegro