Os investimentos globais no mercado de FLNGs devem somar US$ 37,6 bilhões entre 2018 e 2023, de acordo com a Westwood Energy. Desse total, US$ 11,2 bilhões serão direcionados a navios de importação, enquanto os outros US$ 26,4 bilhões irão para navios de liquefação. A expectativa é que, durante o quinquênio, o valor investido no segmento cresça 9% ao ano.
A maior parte dos investimentos deve ocorrer na América do Norte – até US$ 11,1 bilhões no período. Recentemente, a Delfin e a Golar assinaram um acordo de desenvolvimento conjunto para instalar o primeiro FLNG na costa dos Estados Unidos. A unidade ficará no offshore de Cameron Parish, no estado da Louisiana, e poderá entrar em operação até 2022.
De acordo com a Westwood, o recente anúncio do projeto de Coral Sul, em Moçambique, marcará uma fase de novas encomendas no segmento. O empreendimento, aprovado em junho, é o primeiro que prevê a instalação de um FLNG em área de águas profundas em todo o mundo.
“A entrada em operação de projetos pioneiros e a instalação do primeiro carregador de GNL convertido para uma unidade de FLNG servirão como provas para o conceito, apoiando futuros investimentos”, comentou a consultoria sobre o quinquênio de 2018 a 2023.
A consultoria lembrou que um dos desafios do setor é justamente a utilização de FLNGs para desenvolver descobertas em ambientes remotos. Mesmo com as perspectivas positivas para o mercado, o valor total previsto para investimentos no segmento no período 2018-2023 é mais baixo do que os valores esperados para o quinquênio 2017-2022, que totalizavam US$ 41,6 bilhões.
“Há risco de que os valores fiquem abaixo dos previstos, já que os operadores continuam a avaliar diversas opções de desenvolvimento alternativas, incluindo as infraestruturas onshore existentes, que podem ser mais viáveis economicamente”, explicou a Westwood.
Atualmente, há 28 navios de importação em operação globalmente, mas a consultoria acredita que até 47 outras novas unidades podem ser comissionadas até 2023. O primeiro FLNG do mundo está localizado na Malásia, no campo de Kanowit, operado pela Petronas. A unidade, batizada de SATU, entrou em operação ao final de 2016.