Fornecedores defendem salvaguarda para bens nos TACs de conteúdo local
Abimaq é a favor de distinção de itens de bens e serviços nas regras para evitar que índices sejam atendidos pelas empresas somente com serviços
Abimaq é a favor de distinção de itens de bens e serviços nas regras para evitar que índices sejam atendidos pelas empresas somente com serviços
Após marco saneamento, fornecedores de navipeças representados pela CSENO/Abimaq esperam que governo mire novo mercado de gás.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) abriu três consultas públicas sobre mudanças na legislação de conteúdo local nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural.
A palavra que tomou conta dos debates no setor de óleo e gás nesta semana foi competitividade, muito em virtude do encontro online que reuniu os principais executivos das petroleiras presentes no Brasil. Este foi o assunto da vez durante a apresentação, que também foi muito marcada pela ausência de uma mensagem com perspectivas de novos negócios para a cadeia de fornecedores do país. Ontem, o Petronotícias ouviu o setor naval para repercutir estes temas. Hoje, o entrevistado que irá debater conosco estes assuntos será o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Telmo Ghiorzi.
Com break-even competitivo, província offshore seguirá no foco da Petrobras; confira os principais projetos em tela.
Em meio à maior crise dos últimos 100 anos no setor de óleo e gás, a Petrobras reiterou, na última sexta-feira (8/5), a importância das descobertas feitas no pré-sal, assegurando a manutenção do foco de seus investimentos nos projetos de exploração e produção na província offshore. Leia mais...
Neste Dia do Trabalhador (1º), o Petronotícias abre o noticiário falando sobre o futuro dos milhares de profissionais do setor de petróleo. É evidente que o momento atual é desafiador e, por vezes, a luz no fim do túnel pode parecer distante. Mas a indústria brasileira é forte e, por isso, é hora de enfrentar o coronavírus e também projetar como será a retomada do setor de óleo e gás. Experiências passadas, como a política de conteúdo local, que tantos empregos gerou no país, e até mesmo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que formou mais 80 mil profissionais para o mercado de O&G, são iniciativas que merecem ser retomadas e ganhar atenção como ferramentas para combater a recessão que se avizinha no país.
Contrato para a construção de quatro navios Classe Tamandaré de última geração foi assinado ontem, no Rio de Janeiro, pela Emgepron, empresa estatal independente vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando da Marinha do Brasil, e a Águas Azuis, companhia formada pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech Negócios em Tecnologia, da Embraer. Toda a construção será realizada em território brasileiro, no complexo portuário de Itajaí, em Santa Catarina.
O navio MV Stellar Banner, classe VLOC (very large ore carrier), sofreu avaria no casco e passa por uma operação, nesta quarta-feira (26), para evitar seu naufrágio a 100 quilômetros da costa de São Luís (MA). Fontes ouvidas pela Portos e Navios relataram que o comandante pediu apoio de terra após verificada a entrada de água nos seus compartimentos de carga e indicada possibilidade de fissura no casco.
Procurada pela reportagem, a Vale informou que foi comunicada pela empresa sul-coreana Polaris, proprietária e operadora do navio, que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na noite de segunda-feira (24), já fora do canal de acesso ao porto. Até o momento, a Vale não informou nem o volume de minério nem a quantidade de combustível a bordo do navio, que tem capacidade para transporte da ordem de 300 mil toneladas de minério.
De acordo com a Vale, a Polaris também reportou que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram evacuados com segurança e que o comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís. “Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas", disse a Vale em nota.
A proprietária do Stellar Banner explicou que um dos tanques sofreu alguns danos, mas ressaltou que todos os porões de carga se encontram intactos e que a situação está sob controle. De acordo com a empresa, o navio (300.660 Dwt) passará por inspeções para avaliação dos danos e uma empresa de resgate foi organizada para fins de contingência. A Polaris relata que a embarcação entrou em contato com o fundo do mar depois de partir da Ponta da Madeira aproximadamente às 21h30 do horário local do dia 24. O armador destacou que todos os membros da tripulação estão seguros e que não há contaminação. "Todas as autoridades foram acionadas de acordo com os procedimentos padrão", salienta a empresa em nota.
A Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), informou que, na manhã da última terça-feira (25), tomou conhecimento, por meio de uma agência marítima, de que o navio Stellar Banner apresentou um problema, ainda não identificado, nas proximidades da boia número 1 no canal da Baía de São Marcos, cerca de 32 milhas do Farol de Santana. Segundo a capitania, o incidente ocorreu no dia 24, por volta das 21h30. Foram identificados dois vazamentos avante da embarcação. De acordo com a CPMA, o navio encontrava-se encalhado na tarde desta quarta-feira (26).
"Quatro rebocadores se deslocaram em direção ao navio para coletar mais informações e prestar apoio, caso necessário. A tripulação permanece em segurança na área à bordo dos rebocadores enviados. A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente", informa a capitania.
Na manhã desta quarta-feira (26), ocorreu uma reunião com o agente marítimo, representante da Vale, autoridade portuária e com dois membros da empresa Ardent Global, contratada pelo armador para apresentar tão logo possível o plano de salvatagem desta embarcação. Um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais foi enviado pela Vale ao local a fim de prevenir futuras possibilidades de vazamento.
Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira
O SINAVAL lamenta mais este acidente com navios a serviço da Vale e continuará a acompanhar o noticiário sobre o assunto.
Em que pese o fato de, felizmente, desta vez não ter havido perdas de vidas humanas, as perdas materiais levam à reflexão de que, como ocorreu em 2011 com a primeira operação de carregamento de um navio da Vale em Porto da Madeira, no Maranhão, e com o naufrágio de outro grande navio na costa uruguaia em 2017 com várias mortes, este novo acidente com um navio construído na Ásia a serviço da Companhia é uma demonstração de que um produto estrangeiro aparentemente barato pode trazer sérios riscos para a empresa e para o Brasil.
A opção pela contratação de navios na Ásia a pretexto de serem mais baratos do que seus similares produzidos no Brasil deveria, em nosso entendimento, ser repensada. Essa reflexão pode, também, ser estendida à Petrobras, que decidiu adquirir suas plataformas na Ásia, em detrimento da indústria naval nacional, e já teve problemas com a qualidade do produto recebido, como ocorreu com a plataforma P-67.
Lembremos que aquela unidade, do tipo FPSO, depois de chegar da China em julho de 2018, passou por reparos demorados na Baía de Guanabara antes de entrar em serviço no campo de Lula Norte, na Bacia de Santos. O prejuízo com o adiamento da produção de petróleo em mais de seis meses por essa plataforma nunca foi observado com as plataformas produzidas no Brasil, lançando dúvidas se a opção pela construção de plataformas na Ásia é realmente a mais conveniente para o País.
A assinatura do contrato para construção dos quatro navios classe Tamandaré está prevista para o dia 4 de março. O departamento de imprensa da Marinha informou que a cerimônia será em local a ser definido em Brasília (DF). O consórcio Águas Azuis, liderado pela thyssenkrupp Marine Systems, com a Embraer Defesa & Segurança e a Atech, foi selecionado como fornecedor preferencial para a construção dos navios para a força naval. A partir da divulgação do resultado, em março do ano passado, o contrato final passou a ser negociado entre o consórcio e a Empresa Gerencial de Projetos navais (Emgepron). A previsão inicial era que o contrato fosse assinado até o final de 2019, o que não se confirmou.
Em relação à coluna da jornalista Míriam Leitão “O liberalismo à moda da casa”, publicada hoje (01/02), no jornal “O Globo”, a Marinha do Brasil esclarece que a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), por ser uma estatal não dependente do orçamento federal, foi capitalizada para investimentos na iniciativa privada, sem afetar o Resultado Primário Consolidado do Governo e a Regra do Teto de Gastos, visando atender a programas estratégicos, como a construção de navios Classe Tamandaré e Navio de Apoio Antártico, sem utilização na aquisição, pela primeira vez, de financiamento externo. Leia mais...