O Banco do Brasil espera desembolsar, este ano, R$ 10 bilhões para o segmento de óleo e gás. A informação é do gerente de projeto na diretoria comercial, João Francisco Fruet Junior. Mas o banco não informa quanto foi liberado em 2012. No quarto trimestre de 2012, o Banco do Brasil tinha uma carteira de crédito efetiva para petróleo e gás de R$ 31,5 bilhões, contra R$ 28,6 bilhões no último trimestre de 2011.
O banco criou uma equipe especializada para atuar em petróleo e gás dentro da área de atacado. A carteira de petróleo do BB tem como objetivo financiar projetos, capital de giro e investimentos, além da prestação de garantias, subscrição de títulos de valores mobiliários, dentre outras operações. “Hoje temos um mercado de sondas que está movimentando a economia, principalmente na parte naval de estaleiros, no Brasil todo, de forma bastante expressiva”, disse Fruet Junior.
O Banco do Brasil também trabalha para ser um dos líderes do Programa Progredir, criado pela Petrobras para facilitar a obtenção de crédito para a cadeia de fornecedores da estatal. Desde o início do programa, em julho de 2011, o Banco do Brasil já liberou um total de R$ 1,15 bilhão, em 187 operações. Até 8 de março, o Programa Progredir havia fechado 1.062 operações, totalizando R$ 5,41 bilhões, a 466 empresas. Atualmente, dez bancos participam do programa.
A superintendente-executiva para o setor de petróleo, gás e indústria naval da Caixa Econômica Federal, Eugênia Regina de Melo, não revela quanto a instituição prevê desembolsar este ano para o setor de petróleo e gás. Mas indica que só para o primeiro trimestre a expectativa era contratar cerca de R$ 4 bilhões em financiamentos para companhias do segmento.
Eugênia Regina afirma que o banco somou, até o fim do ano passado, carteira de crédito para empresas do setor no montante de R$ 16,5 bilhões, volume 65% superior ao registrado no fim de 2011. A superintendência foi criada há cerca de três anos para atrair clientes do segmento petrolífero e da indústria naval. Com sede no Rio de Janeiro, conta com 25 funcionários, que atuam em todo o país. “A meta da Caixa é ser líder desse mercado, ser referência para o setor. Então, não existe uma limitação de funding, não existe uma limitação de intenção”, disse Eugênia.
Para o primeiro semestre, segundo Eugênia, a expectativa é contratar entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões para repasses por meio do Fundo de Marinha Mercante. “Projetos estes que entrarão em desembolso com a evolução das obras”, disse Eugênia. O banco é ainda líder no fornecimento de recursos a partir do Programa Progredir, para a cadeia de fornecedores da Petrobras. Atualmente, o programa conta com a participação de dez bancos, que fornecem recursos. Desde junho de 2011, a Caixa já desembolsou, até a semana passada, um total de R$ 1,5 bilhão.