Pelo menos dez empresas já manifestaram oficialmente à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o interesse em participar do leilão do prospecto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Termina hoje o prazo para a entrega da documentação necessária e o pagamento da taxa de participação, no valor de R$ 2 milhões.
Segundo o diretor da ANP Helder Queiroz, até a manhã de ontem, nenhuma petroleira chinesa havia declarado interesse em participar do leilão. Ele disse, porém, que algumas empresas da China demonstraram interesse durante o “road show” que a agência fez na Ásia, no início do mês.
De acordo com informações da ANP, representantes da chinesa CNOOC participaram ontem do seminário técnico sobre o leilão, promovido pela autarquia, no Rio de Janeiro. Também estiveram presentes representantes de outras 13 petroleiras: as brasileiras HRT e Petrobras, a anglo-holandesa Shell, as norte-americanas Chevron e ExxonMobil, a francesa Total, a espanhola Repsol, a malaia Petronas, a indiana ONGC, a japonesa Inpex, a colombiana Ecopetrol, a britânica BP e a dinamarquesa Maersk.
Com relação à 11ª Rodada de Licitações, a agência realizou ontem a assinatura de mais 31 blocos negociados no leilão e que tiveram os bônus de assinatura pagos pelas companhias. Com isso, ao todo, 118 contratos do leilão foram assinados até o momento.
Dos 142 blocos negociados na licitação, em maio, 24 foram devolvidos pelos vencedores. Desses, apenas quatro não tinham outros competidores e voltam para a União. As outras 20 áreas foram oferecidas para os concorrentes derrotados na disputa.
Esses concorrentes tinham até segunda-feira para manifestar o interesse em honrar os valores constantes da proposta vencedora, seguindo a ordem de classificação como critério de preferência para assinatura dos contratos. Até o momento, no entanto, não foi informado o número exato de empresas e quais os blocos despertaram o interesse.
As empresas têm até 30 dias, a contar da data de convocação da ANP, para apresentar os documentos exigidos e pagar os bônus de assinatura, caso desejem ficar com as áreas.
Fonte: Valor Econômico- Rodrigo Polito e Marta Nogueira, do Rio de Janeiro