Governo, sindicatos e empresas montam plano para agilizar desmobilização no polo naval de Rio Grande

  • 29/10/2013

A desmobilização de trabalhadores do Polo Naval de Rio Grande causada pela pausa nas obras das plataformas de petróleo foi tema de uma reunião realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RS), em Porto Alegre. A previsão das empresas é que os desligamentos e realocações de trabalhadores para outros projetos — que começam nesta semana — durem cerca de 15 dias.

Para tentar agilizar as rescisões de contrato e garantir que os trabalhadores recebam o seguro-desemprego rapidamente, o governo do Estado deve reforçar a estrutura de atendimento da Caixa Econômica Federal e do Sistema Nacional de Empregos (Sine) em Rio Grande. A expectativa é que cerca de 5 mil funcionários sejam desmobilizados, sendo cerca de 2 mil de fora do RS.

Para o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Luís Augusto Lara, a questão da desmobilização será um problema crônico no polo naval de Rio Grande. A cada término de plataforma isso vai se repetir. Nós precisamos preparar um plano a médio e longo prazo para estarmos mais preparados para as próximas vezes — avalia.

Neste mês, foram concluídas as obras da plataforma P-55 e as da P-58 — que está atracada em porto no sul do Estado — devem ser finalizadas em breve. Os próximos projetos previstos são referentes à montagem das plataformas P-75 e P-77, que serão usadas na exploração do pré-sal na Bacia de Santos. As obras destas, contudo, têm previsão para serem iniciadas apenas no ano que vem.

Sindicatos, empresas e representantes do setor público irão realizar outra reunião, na próxima terça-feira, para discutir como será feita a distribuição dos trabalhadores gaúchos em outros projetos no Estado. Também serão acertados os detalhes do esquema de reforço na estrutura da Caixa e do Sine. A audiência será realizada na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), em Rio Grande, às 14h.

Fonte: ZERO HORA
29/10/2013|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , , , |