O Ministério dos Transportes concluiu o Plano Hidroviário Estratégico (PHE) que pretende ampliar o transporte por hidrovias como forma de buscar alternativas de escoamento da produção agrícola e demais produtos. O estudo, financiado pelo Banco Mundial, tem a meta de viabilizar, por meio do modal hidroviário, o aumento do transporte de carga dos atuais 25 milhões para 120 milhões de toneladas de carga até 2031.
Durante a apresentação do Plano, na última sexta-feira (11/10) em Brasília, o ministro dos Transportes, César Borges, ressaltou a importância do modal hidroviário, mas reconheceu a necessidade de buscar mais eficiência nas hidrovias do país. “O modal hidroviário pode ser mais bem explorado, e isso será possível com o Plano Hidroviário Estratégico”, afirmou Borges. O objetivo do PHE é melhorar a qualidade das atuais hidrovias brasileiras e expandir a rede hidroviária em mais de 3 mil quilômetros, além de otimizar o seu potencial comercial. “O plano vai permitir que seja quintuplicada a capacidade de escoamento de produção nas hidrovias do país”, completou. “É importante somar forças para tirar o PHE do papel e torná-lo realidade”, finalizou Borges.
Investimentos – O estudo, elaborado pelo consórcio Arcadis Logos, incluiu todas as hidrovias que já acomodam fluxos de carga igual ou superior a 50 mil toneladas anuais: Amazonas/Solimões e Negro, Madeira, Tapajós e Teles Pires, Tocantins, Araguaia, São Francisco, Parnaíba, Tietê e Paraná, Paraguai, Hidrovias do Sul (Taquari, Jacuí e Lagoa dos Patos). Estima-se que, para a execução dos projetos previstos no PHE, serão investidos até 2024 cerca de R$ 17 bilhões em obras de ampliação do modal hidroviário.
De acordo com o coordenador-geral de planejamento da Secretaria de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes (SPNT/MT), Luiz Carlos Rodrigues Ribeiro, o plano contempla medidas de grande porte que são necessárias para ampliar a participação do modal hidroviário na matriz de transporte brasileira. “São medidas técnicas, econômicas, ambientais e institucionais que possibilitarão a navegabilidade e o aumento da capacidade do transporte de cargas pelas hidrovias brasileiras”, afirmou.
Para sua elaboração, o Ministério dos Transportes consultou várias instituições como os ministérios da Defesa, da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, das Cidades, de Minas e Energia, de Meio Ambiente e a Secretaria Especial de Portos, assim como com empresas comerciais proprietários de cargas, companhias de navegação, estaleiros e operadores de terminais.(NM)