Em almoço-palestra na terça, dia 29/10/2013, no primeiro dia da OTC Brasil, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a companhia deve alcançar 4,2 milhões de barris/dia de produção total de petróleo em 2020 – ano em que Libra deverá começar a produzir o primeiro óleo. A Petrobras dobrará de tamanho para atender à demanda crescente de óleo e gás, segundo Graça. Estima-se que serão necessárias para Libra, no mínimo, 12 sondas.
Organizado pela Offshore Technology Conference (OTC) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), a OTC Brasil Conference and Exhibition atrai os especialistas e empresas mais importantes do mundo para compartilhar conhecimento, fazer contatos, e explorar as mais recentes tecnologias.
“Daqui a mais seis anos, a Petrobras vai multiplicar o seu tamanho. Nossa prioridade absoluta é a área de E&P (Exploração e Produção). Nos próximos seis anos o ‘P’ será mais importante do que o ‘E’”, disse Graça. Libra tem estimativa de reserva de pelo menos 8 bilhões de barris de óleo equivalente. Além disso, a estatal prevê, entre 2016 e 2019, a extração do primeiro óleo de unidades de produção destinadas à cessão onerosa – repasse de 5 bilhões de barris de óleo como parte do processo de capitalização da estatal, entre 2010 e 2011.
Ela ressaltou que o país está estruturando a cadeia de estaleiros para a construção de sondas, plataformas e navios de transporte, bem como novas refinarias que serão capazes de dobrar a capacidade do parque atual. Ela apresentou ainda o cronograma de algumas plataformas, como a P-63, já concluída, e a P-61, que ficará pronta em dezembro.
Para uma plateia formada por representantes de empresas nacionais e estrangeiras, Graça salientou o sucesso na 11ª Rodada, junto com outras companhias, observou que não há como fazer novas unidades de produção com 100% de conteúdo local e reiterou o interesse em parcerias com empresas exploratórias estrangeiras.
Além disso, Graça afirmou que o Brasil pode aumentar participação na formação dos preços mundiais de petróleo, especialmente a partir de 2020, quando as novas e grandes reservas do pré-sal e outras relevantes descobertas em diversas partes do mundo entrarão em produção.
Entre outros detalhes, a avaliação mostrou que o preço médio do petróleo tipo Brent poderá cair para até aproximadamente US$ 80 até 2020, pelo aumento das reservas aliadas a uma maior capacidade ociosa das unidades produtivas. Ela prevê que a Petrobras terá participação significativa nesse processo com o pré-sal e as novas reservas, num horizonte que voltará a verificar preços mais elevados a partir de 2020, quando a capacidade ociosa cairá.