Quase dois meses após cancelar sua viagem a Rio Grande, no sul do Estado, a presidente Dilma Rousseff participa nesta sexta-feira, no município, da cerimônia de entrega da plataforma P-58.
Em setembro, devido ao mau tempo, o Palácio Piratini serviu de palco para a assinatura dos contratos de montagem das plataformas P-75 e P-77.
Na época, como não foi à cidade, a P-55 ficou sem cerimônia de batismo, para decepção dos operários. Dados obtidos por Zero Hora via Lei de Acesso à Informação mostram que o cancelamento do evento custou R$ 1,2 milhão aos cofres da Petrobras.
O valor foi gasto pela estatal com serviços de montagem e locação de tenda, piso e palco, climatização, locação de equipamentos, comunicação visual e até alimentação.
Em resposta ao pedido, a Petrobras informou que o evento foi realizado por empresa licitada. Também disse avaliar o retorno do investimento realizado em eventos desse porte, observando que se fosse investir em publicidade gastaria R$ 4,528 milhões, considerando as reportagens que foram publicadas sobre o assunto.
Embora represente pouco perto dos cortes de custos da Petrobras — estimados em R$ 4,8 bilhões até setembro, superando a previsão de economizar R$ 3,8 bilhões no ano — o gasto com a cerimônia cancelada mostra a diversidade das despesas da estatal. Nestes dias, a Petrobras negocia com o Planalto um aumento no preço dos combustíveis para equilibrar as contas.
Depois de cumprir agenda quinta-feira em cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 Mobilidade Urbana, em São Paulo, a presidente embarcou rumo a Porto Alegre no fim da tarde. Dilma desembarcou no Aeroporto Salgado Filho por volta das 20h e, sem dar entrevistas, se dirigiu para o seu apartamento na Capital.
Embarcação vai operar na costa do Espírito Santo
Esta será a sétima visita da petista ao Rio Grande do Sul neste ano. Desde agosto, a presidente visitou o Estado uma vez por mês. Em outubro, inaugurou creches e participou de formatura do Pronatec, além de anunciar verba para o metrô de Porto Alegre. A plataforma a ser inaugurada é a quarta a ser concluída em Rio Grande. As anteriores, pela ordem, foram P-53, P-63 e P-55. A embarcação é do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo).
Esse modelo também é chamado de navio-plataforma, porque é montado sobre um casco, diferente do equipamento anterior, que era um quadrado montado sobre quatro grandes pilares. A P-58 foi montada no Estaleiro da Quip, pela CQG Construções Offshore e pela Quip. Vai operar na costa do Espírito Santo. Dilma é muito identificada com o projeto do polo naval gaúcho, que ajudou a consolidar ainda no Ministério de Minas e Energia, durante o governo Lula.
A P-58
— Com capacidade para produzir, processar, armazenar e escoar petróleo, a plataforma vai operar no campo de Baleia Azul, situado na costa do Espírito Santo.
— É a quarta plataforma a ser concluída em Rio Grande, tendo sido precedida, pela ordem, por P-53, P-63 e P-55.
Fonte: Zero Hora
Dilma no RS para conclusão das obras da P-58
Com as presenças da presidente da República, Dilma Rousseff, e da presidente da Petrobras, Graça Foster, a Petrobras realiza nesta sexta-feira, a partir das 10h, cerimônia de conclusão das obras da plataforma FPSO (plataforma que produz, armazena e transfere petróleo na sigla em inglês) P-58. Dilma e Graça Foster visitarão também as obras de construção dos cascos replicantes dos FPSOs para o pré-sal em andamento no polo naval de Rio Grande.
O evento marca a conclusão das obras da plataforma FPSO P-58 em Rio Grande. O navio convertido chegou ao Brasil em outubro de 2011, vindo de Cingapura, onde foi realizada a adequação do casco. As obras da P-58 geraram cerca de 4,5 mil empregos diretos. A P-58 será instalada no Norte do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo, e vai extrair petróleo tanto da camada pré-sal quanto da camada pós-sal. Tem capacidade de produção de 180 mil barris de óleo por dia e de compressão de 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
Já os oito cascos de FPSOs estão sendo construídos para o desenvolvimento dos campos de petróleo do pré-sal nos blocos BM-S-9 e BM-S-11, localizados na Bacia de Santos. Os FPSOs replicantes são uma nova geração de plataformas, concebidas segundo parâmetros de simplificação de projetos e padronização de equipamentos. A produção, em série, de oito cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e consequente otimização de custos. Cada FPSO terá capacidade para processar até 150 mil barris por dia de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia.