A BG prevê produzir cerca de 90 mil barris de petróleo por dia (bpd) até o fim de 2015, em pelo menos três plataformas instaladas no pré-sal brasileiro. A afirmação é do presidente da empresa, Nelson Silva. Segundo o último boletim de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a empresa produziu, em outubro, nas mesmas três plataformas, 35,29 mil barris de petróleo por dia (bpd). Somando óleo e gás, no mesmo período, a BG produziu 44,02 barris de óleo equivalente (boe).
A petroleira é a terceira maior produtora de petróleo do país, perdendo para a Petrobras e para a norueguesa Statoil, a qual a britânica prevê ultrapassar ainda em 2014. A previsão da empresa é atingir a produção de 500 mil boe/dia em 2020, o que deverá representar 50% da produção mundial do grupo. Hoje a empresa tem participação em três plataformas e até 2018 serão 15 unidades em operação.
As três plataformas do grupo inglês já estão em operação e juntas somam capacidade instalada de 340 mil bpd. Entretanto, duas delas foram instaladas apenas neste ano e somente poderão atingir a produção máxima até o fim de 2015, segundo Silva.
O volume de cerca de 90 mil bpd corresponde ao total que a BG terá direito quando as três unidades estiverem produzindo à capacidade total. Para 2014, está prevista a instalação de mais duas plataformas. As plataformas instaladas neste ano foram a Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty, cada uma delas com 120 mil bpd e ambas no pré-sal da Bacia de Santos.
A Cidade de São Paulo foi alocada em Sapinhoá Sul, no bloco BM-S-9, na Bacia de Santos, e é operada pela Petrobras, com 45%, que tem como sócias a BG (30%) e Repsol (25%). Já a Cidade de Paraty está alocada em Lula Nordeste, no BM-S-11, na Bacia de Santos, e também é operada pela Petrobras (65%), que tem como sócias a BG (25%) e Petrogal (10%).
A terceira plataforma, em produção desde 2010, é a Cidade de Angra dos Reis, instalada na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, com capacidade de 100 mil bpd. Tupi é operada pela Petrobras (65%) em parceria com as empresas BG Group (25%) e Galp Energia (10%).
O presidente da petroleira reiterou que a empresa prevê investir US$ 3 bilhões, por ano, entre 2013 e 2018. O montante não prevê investimentos ainda para os dez blocos arrematados na 11ª Rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo.
Silva voltou a destacar que a estratégia da multinacional inglesa é focar na busca por sucesso exploratório para entregar descobertas aos acionistas. “Nosso foco é assumir o risco exploratório, portanto [temos interesse em] comprar blocos ainda em fase de pré-desenvolvimento”, reiterou o presidente, em evento no Rio de Janeiro.